Pode considerar qualquer tipo de SUV disponível hoje em dia no Brasil. O Jeep Compass 2019 é o mais vendido, com mais de 50 mil unidades no acumulado dos dez primeiros meses do ano, de acordo com os dados da Fenabrave (Federação dos Distribuidores de Veículos). Na nova linha, a versão mais equipada Limited, com motor 2.0 flex, tem como principais novidades a lista mais recheada de equipamentos, o que inclui as novas rodas de aro 19 como mudança visual.
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Mas isso acabou aumentando um pouco o preço sugerido do Jeep Compass 2019. No caso do Limited Flex que avaliamos, chega a R$ 142.490. Entre os itens que foram acrescentados estão o sistema que detecta uma vaga e ajuda a estacionar, girando o volante de um lado para o outro para fazer a baliza, restando ao motorista apenas a controlar o movimento do carro com os freios.
Além disso, a versão Limited 2019 recebeu partida remota pela chave, o que é útil para ligar o ar-condicionado, evitando o desconforto de ter que entrar no carro que ficou parado sob sol quente por algum tempo. As rodas de aro 19 deixam o Compass com aspecto mais atraente, mas são montadas em pneus de perfil baixo (235/45R), o que acaba causando solavancos no piso mal conservado da maioria das vias no Brasil.
Em contrapartida, com essas rodas, consegue-se um certo ganho na estabilidade nas curvas, embora o carro seja equilibrado para um SUV de porte médio, com 4,42 metros de comprimento por 1,64 m de altura e 1,82 m de largura. O que poderia melhorar no Compass Limited 2.0 Flex é a força do motor nas primeiras marcações do contagiros. Até 3.000 rpm, o carro esboça apenas uma reação bem discreta. Apenas a partir desse patamar é que começa a ganhar fôlego.
Portanto, se for subir uma serra com toda família a bordo e mais bagagem é recomendável recorrer ao comando sequencial do câmbio automático de seis marchas para assumir o controle. As hastes atrás do volante também ajudam. O ideal é manter o ponteiro do contagiros sempre acima dos 3.000 rpm para ter mais agilidade, uma vez que os 20,5 kgfm de torque máximo são atingidos a altos 4.000 rpm. Isso vai deixar o carro mais animado, inclusive com um certo ronco bem afinado nas acelerações.
Mais detalhes do Jeep Compass 2019
Mas se subir um pouco o giro do motor faz conseguir mais desempenho, o consumo aumenta, Pois é, o Compass Flex não faz muita cerimônia em gastar combustível. De acordo com os números do Inmetro, o SUV faz 6,1 km/l de etanol na cidade e 7,5 km/l na estrada. E o tanque de 60 litros não é dos maiores, o que acaba deixando a autonomia apenas razoável. Teoricamente, de cerca de 360 km na cidade e 450 km na estrada, com etanol.
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O que também merece alguma atenção no Compass é o raio de giro um pouco limitado, de 11,3 metros, ante 10,6 m de um dos principais rivais do Compass, o Kia Sportage. Com isso, manobrar em estacionamentos apertados de shoppings e condomínios exige mais paciência. Mas, de resto, o carro se comporta bem com direção elétrica bem ajustada e freios que funcionam a contento ,com discos nas quatro rodas.
A boa visibilidade é outro ponto positivo do SUV da Jeep, inclusive a proporcionada pelos retrovisores, que são rebatíveis eletricamente. No caso da unidade avaliada, havia também a luz que alerta sobre veículos passando ao redor do carro, item que faz parte do pacote tecnlógico que baixou de preço (de R$ 15.650 para R$ 8.700).
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Do chamado pacote "Hi-Tech" fazem parte itens como o sistema de som de alta fidelidade da Beats, regulagem elétrica do banco do motorista, abertura e fechamento da tampa do porta-malas eletricamente, aviso de mudança de faixa de alerta de colisão iminente.
Com 2,64 metros de entre-eixos, o Compass tem espaço para levar cinco ocupantes com conforto e suas respectivas bagagens nos 410 litros do porta-malas. Tem bom vão livre do solo (21,1 cm), mas nessa versão flex exigiu certo cuidado para não raspar a frente em valetas e lombadas.
Conclusão
Como SUV mais vendido do Brasil, o Jeep Compass 2019 tem suas qualidades. Mas funciona melhor com motor turbodiesel. Nas versões flex, consome mais que o ideal e exige subir o giro do motor para ter boa agilidade. Porém, apesar de ter ficado um pouco mais caro, ganhou equipamentos interessantes.
Ficha Técnica
Preço: a partir de R$ 142.490
Motor: 2.0, quatro cilindros, flex
Potência: 166 cv (E) / 159 cv a 6.200 rpm
Torque: 20,5 kgfm (E) / 19,5 kgfm (G) a 4.000 rpm
Transmissão: Automático, 6 marchas, tração dianteira
Suspensão:Independente (dianteira) e (traseira)
Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira
Pneus: 235/45 R19
Dimensões: 4,42 m (comprimento) / 1,82 m (largura) / 1,64 m (altura), 2,64 m (entre-eixos)
Tanque: 60 litros
Consumo: 8,8 km/l (cidade) /10,8 km/l (estrada) com gasolina
0 a 100 km/h: 10,6 segundos
Vel. Max: 192 km/h