Toyota Corolla Altis Hybrid Premium: versão topo de linha do sedã médio mais vendido também agrada pelo visual moderno
Carlos Guimarães/iG
Toyota Corolla Altis Hybrid Premium: versão topo de linha do sedã médio mais vendido também agrada pelo visual moderno

Se não fosse a pandemia, teríamos novos lançamentos no mercado automotivo. Entretanto, de um jeito ou de outro, ainda são poucas as opções eletrificadas no Brasil, e o Toyota Corolla Hybrid é uma das mais lembradas e mais em conta. Tudo bem que os R$ 137.890 cobrados pela versão Altis Hybrid e os R$ 145.390 pelo Altis Hybrid Premium não são exatamente “baratos”, mas a realidade é que ainda se trata de uma tecnologia cara mesmo.

 O Toyota Corolla Hybrid é nacional, montado em Indaiatuba (SP), e se tornou o primeiro modelo híbrido flex do mundo. Como sedã médio sem pretensões esportivas, conta com motor 1.8, de ciclo Atkinson (feito para ser mais econômico por exigir menos força do movimento ascendente dos pistões), que rende 101 cv e razoáveis 14,5 kgfm. Para ajudar na eficiência energética, existe o motor elétrico, de 72 cv e 16 kgfm, carregado apenas nas frenagens e com o movimento das rodas, sem precisar ser plugado na tomada.

Logo de cara fica claro que um dos pontos positvos do carro é a economia de combustível. Segundo dados do Inmetro, o sedã faz até 16,3 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada quando abastecido com gasolina. Com etanol, os números caem para 10,9 km/l (cidade) / 9,9 km/l (estrada), o que não deixa de ser bom para o segmento — com carros que pesam próximo de uma tonelada e meia.

Por outro lado, o Corolla não é exatamente um carro primoroso no desempenho. Acelera de 0 a 100 km/h em medianos 12 segundos e chega à máxima de 180 km/h. Apesar disso, suas respostas ao acelerador e retomadas de velocidade são ágeis, principalmente no modo Sport (com botão posicionado no console), devido à entrega instantânea de torque, ajudado pelo motor elétrico.

Quanto ao espaço interno e ao conforto, por sua vez, a Toyota fez seu dever de casa e evoluiu com o novo Corolla. Com aumento de 1,5 cm no seu balanço traseiro e 1 cm de largura, os ocupantes ganham mais espaço. Atrás, há muito espaço para as pernas, já que praticamente não existe túnel central no piso e a largura permite acomodar três adultos. No porta-malas, vão bons 430 litros.

Fluido, macio e desenvolto

Mostrador digital do Corolla vem com várias funções, entre as quais a que monitora o funcionamento do sistema híbrido
Divulgação
Mostrador digital do Corolla vem com várias funções, entre as quais a que monitora o funcionamento do sistema híbrido

Ao volante, chama atenção o rodar suave e o bom trabalho da suspensão, que consegue unir bem a rigidez com a maciez, nas situações. A altura reduzida em 2 cm ante a antiga geração e a suavização das linhas da carroceria e das áreas frontais, foi decisiva para a aerodinâmica, que otimizou o isolamento acústico.

Com novos amortecedores, além da revisão na posição da barra estabilizadora dianteira e da nova geometria da suspensão, o carro passou a ter mais estabilidade em velocidades altas. Algo que favorece bem a segurança, que nesta versão topo de linha conta com itens como frenagem de emergência, controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo, alerta de saída de faixa, reconhecimento de placas de trânsito e acendimento automático das luzes.

E a forma como você se sente a bordo é bem agradável. Além disso, o acesso aos equipamentos é simples. E tanto a qualidade dos acabamentos quanto a utilização dos materiais ao redor também agradam. Couro e plásticos  contribuem para a sensação de toque macio nas superfícies.

O banco permite todas as posições possíveis, sempre com boa visão e integração ao carro. Isso se deve ao painel mais baixo, bem como às colunas mais estreitas e aos posicionamento dos retrovisores que não criam pontos cegos.

As telas do carro se resumem ao cluster digital e à central multimídia de 8 polegadas sensível ao toque com conectividade Apple CarPlay e Android Auto. Também é fácil de usar, mas sua interface não é a das mais agradáveis e intuitivas do segmento.

Conclusão

O Toyota Corolla sempre foi (e continua sendo) um carro de excelência, por equilibrar muito bem todos os atributos que se espera de um sedã médio. Tem conforto, tecnologias, eficiência e confiabilidade. 

Na nova geração, bem que poderia trazer a conectividade mais refinada oferecida pelos concorrentes, e nessa inédita versão híbrida, apimentar um pouco mais o motor, para uma adicionar um pouco mais de empolgação em meio a toda a sua suavidade. Bastou esses dois aspectos para o Toyota Corolla Hybrid ser o automóvel definitivo.

Ficha técnica: Toyota Corolla Hybrid

Preço: A partir de R$ 137.890 (R$ 145.390 na versão testada)
Motor: 1.8, quatro cilindros, flex (Atkinson)
Potência: 101 cv (E) / 98 cv (G) a 5.200 rpm
Torque: 14,5 kgfm a 3.600 rpm
Transmissão: Automático, CVT , tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / braços sobrepostos (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos sólidos (traseiros)
Pneus: 225/45 R17
Dimensões: 4,63 m (comprimento) / 1,78 m (largura) / 1,46 m (altura), 2,70 m (entre-eixos)
Tanque: 43 litros
Porta-malas: 470 litros
Consumo etanol: 10,9 km/l (cidade) / 9,9 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 16,3 km/l (cidade) / 14,5 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 12 segundos
Velocidade máxima: 180 km/h

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