JAC E-JS1 EXT pode ser encontrado em cores chamativas, o que inclui amarelo, azul e até rosa metálico
Guilherme Menezes/ iG Carros
JAC E-JS1 EXT pode ser encontrado em cores chamativas, o que inclui amarelo, azul e até rosa metálico

O carro elétrico mais em conta de todo o Brasil é um hatch subcompacto. Quando o comparamos com o Renault Kwid e o Fiat Mobi, é o mais equipado e tem espaço interno ligeiramente superior para os ocupantes. Ainda assim, com seus R$ 164.900, custa o equivalente a um Chevrolet Cruze Sport6 RS, hatch médio que sai por R$ 152.280.

Atualmente, a linha da JAC é uma das maiores do Brasil quando o assunto são os carros elétricos. A divisão de EVs da marca chinesa pertence majoritariamente ao Grupo VW, ou seja, a fabricante alemã interfere (positivamente) na qualidade dos produtos. E podemos ver isso no subcompacto em diversos aspectos, apesar de alguns pontos em que deixam a desejar.

Vamos analisar mais de perto a versão aventureira EXT (R$ 179.900), que tivemos a oportunidade de testar. Em relação ao modelo padrão, ganhou suspensão elevada em 50 mm depois da troca de amortecedores, bem como novas rodas de 14 polegadas com pneus de uso misto, na medida 175/70. Outros dois diferenciais no exterior são as barras longitudinais no teto e faixa lateral decorativa.

O conjunto mecânico é o mesmo da versão convencional, que custa R$ 15 mil a menos. Com um motor com 62 cv e 15,3 kgfm. Alimentado por uma bateria de 30,2 kWh, roda cerca de 302 k m com uma carga, acelera até 100 km/h em 10,2 segundos e chega aos 110 km/h.

Os números de desempenho são bons, tanto quando falamos sobre carros subcompactos, quanto sobre carros elétrico s de maneira geral, lembrando que a autonomia será comprometida no uso rodoviário.

A JAC divulga que o e-JS1 pode recuperar até 85% de sua bateria em 3,5 horas plugado em um wall-box. Nos eletropostos de recarga rápida, a energia total pode ser recuperada em apenas uma hora. A garantia do modelo, incluindo o conjunto de baterias, será de 5 anos.

A energia também pode ser parcialmente recuperada em frenagens, aproveitando semáforos e descidas para aumentar a autonomia . São três modos de recuperação , sendo que o mais extremo deles literalmente freia o carro se o motorista tirar o pé do acelerador.

Assim como outros carros da categoria, o e-JS1 também exibe um diagrama de aproveitamento energético para educar o condutor a extrair os melhores resultados de autonomia.

Impressões

O estilo do JS-1 EXT agrada e com itens funcionais, como a luz de neblina embutida no para-choque
Guilherme Menezes/ iG Carros
O estilo do JS-1 EXT agrada e com itens funcionais, como a luz de neblina embutida no para-choque

Uma vez dentro do carro, nos deparamos com um ambiente bem clean , que foca o visual dos ocupantes para as suas combinações de formas e cores. Achei as duas telas (da multimídia de 10,25 polegadas e a do cluster, com 6,2 polegadas) bem simpáticas. A qualidade das interfaces, do processamento e do touch são muito boas.

Onde peca é na forma como ocorre a conectividade com o celular, uma vez que não tem Apple Car Play e Android Auto integrados. Ao invés disso, o sistema solicita o download de um aplicativo que espelha a tela do celular na central, de modo que o celular precise sempre estar na horizontal, para que a imagem ocupe toda a interface.

Partindo para a ergonomia, depois de poucos minutos no carro, o fato do interior ser minimalista ajuda muito para ajustar sintonizar seus recursos. O comando do ar-condicionado é feito por meio de um atalho na multimídia e a alavanca de câmbio é similar à da Mercedes-Benz, situada na coluna de direção.

Entretanto, para mim com 1,71m, deixa a desejar a relação entre a distância dos braços até a direção e das pernas até os pedais. Se eu regulasse o banco para ficar com uma posição adequada para os pés, os meus braços precisariam se esticar mais do que o ideal para controlar o volante. É aí onde vemos como faz falta o ajuste de profundidade do volante.

De todo o modo, ao guiar o carrinho, vemos que o JAC tem bom equilíbrio de carroceria, isolamento acústico eficiente, respostas ágeis e boa comunicação entre carro-condutor.

Além de confortável e de transmitir sensação de segurança (nesse questito, vem equipado também com controles de tração e de estabilidade ), proporciona bom divertimento também. 

Outro ponto é a qualidade do sistema de som . Nos testes que realizamos, se mostrou mediano. Não é muito potente, mas não é preciso usar um volume muito elevado, devido ao tamanho compacto do interior.

Interior  minimalista do JAC JS-1 EXTé descolado assim como por fora, com textura diferenciada entre os detalhes
Divulgação
Interior minimalista do JAC JS-1 EXTé descolado assim como por fora, com textura diferenciada entre os detalhes

Destaque positivo é o fato de não haver túnel central na fileira traseira, permitindo que os ocupantes se acomodem com mais facilidade do que na maioria dos outros subcompactos a combustão.

Na hora da recarga, é importante se atentar com a proximidade do carregador (ou da tomada 220v) em relação ao carro. Os cabos que vieram junto do carro não são tão longos assim.

Além do mais, será muito provável a necessidade de se utilizar o adaptador de plugue , uma vez que o carro não segue o padrão europeu de encaixe. Para mim, não foi complicado de entender, mas não deixa de ser um pequeno quebra-cabeça.

Outra informação importante é a de que nem todos os carregadores públicos são abertos a todos os públicos. Fomos ao Shopping Morumbi (SP) e só conseguimos utilizar os carregadores instalados pela BMW. Tentamos o da Audi anteriormente, mas ele exigia algum tipo de credencial magnética para destravaro uso do carregador.

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Conclusão

O que achamos da versão de topo do modelo elétrico mais em conta do Brasil ? Como produto, o EJS-1 cumpre bem a sua proposta. Entretanto, é impossível deixar de lado tudo o que envolve os carros elétricos , pelo menos até o ano da publicação desta matéria, em 2022.

O segmento dos subcompactos visa oferecer o máximo de praticidade e, principalmente, dos menores custos possíveis em todos os aspectos: preços baixos de mercado, pouco custo por km rodado, seguro acessível, baixo custo de manutenção, entre outros.

Por R$ 179.900, de cara, não temos um carro barato. Entretanto, hoje em dia, esse é um elétrico que apresenta boa diferença de preço para os demais concorrentes, que custam mais de R$ 50 mil a mais.

Se você é alguém que quer todos os melhores atributos de economia dos subcompactos, vá de carro a combustão que economiza bem mais. Roda muito? Então pode estudar o JAC E-JS1 para contornar os altíssimos preços dos combustíveis, pois ao longo do tempo, o preço do carro poderá acabar sendo diluído.

Ficha técnica JAC e-SJ1:

Preço: R$ 179.900

Motor: elétrico, tração dianteira

Potência: 62 cv

Torque: 15,2 kgfm

Transmissão: automática

Direção: elétrica

Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)

Freios: discos ventilados (dianteira), discos sólidos (traseira)*

Proporções: 3,65 m de comprimento, 1,67 m de largura, 1,49 m de altura, 2,39 m de entre-eixos

Porta-malas: 121 litros

Autonomia: 300 quilômetros (ciclo WLTP)

0 a 100 km/h: 13 segundos

Vel. Máx: 110 km/h

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