Infraestrutura para carregar carros elétricos está longe do ideal no Brasil, segundo relatório da Elev
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Infraestrutura para carregar carros elétricos está longe do ideal no Brasil, segundo relatório da Elev

Carros eletrificados vêm se tornando cada vez mais presentes nas ruas brasileiras, e segundo um relatório da Elev, empresa especializada em soluções para o ecossistema de carros elétricos, a cidade de São Paulo registrou um aumento de 11% na quantidade de carregadores.

O levantamento considera os meses de junho e agosto, e após o aumento, a capital paulista conta com 445 carregadores elétricos . Mas apesar do pequeno crescimento de carregadores, a estrutura ainda é insuficiente.

“Tivemos um crescimento importante no número de postos na principal capital do país, a cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, o número ainda é baixo quando consideramos outras capitais do mundo, como é o caso de Oslo, na Noruega, onde os postos de gasolina estão se convertendo em eletropostos .” afirmou Ricardo David, sócio-fundador da Elev.

O número de novos carregadores não acompanha ainda o número de automóveis 100% elétricos vendidos, somente nos seis primeiros meses do ano, o crescimento do número de carros exclusivamente elétricos foi de 19%.

 “Por mais que tenhamos uma diminuição no valor dos combustíveis no último mês, essa diminuição não torna a gasolina e o diesel como algo que traz um custo benefício a longo prazo. Deste modo, cada vez mais pessoas vão migrar para os veículos híbridos e elétricos , aumentando cada vez mais a demanda por carregadores”, completou  Ricardo.

O Brasil atingiu a marca de 100 mil veículos eletrificados em circulação, e segundo o executivo, muitos consumidores em potencial não conhecem os benefícios da mobilidade elétrica a longo prazo, e isso se torna uma eventual barreira à adesão de elétricos.

A Tupinambá Energia é uma das empresas que trabalham com carregadores e soluções de mobilidade elétrica
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A Tupinambá Energia é uma das empresas que trabalham com carregadores e soluções de mobilidade elétrica

“A manutenção está na ordem de 15% a 25% do valor gasto nos automóveis a combustão, e ainda há uma economia de cerca de 84%, em média, no valor de recarga em comparação aos carros movidos a combustíveis fósseis”. Acrescentou o especialista.

O executivo ainda afirma que o aumento da frota de carros elétricos não traria impactos negativos para a matriz energética do Brasil. Apesar do eventual aumento da demanda, o empresário afirma que a energia brasileira é suficiente para abastecer casas, industrias e também os automóveis.

“A nossa matriz energética não sofreria com o aumento de carros elétricos, nem mesmo se eles avançassem para as nossas frotas de caminhões e o impacto ambiental seria mínimo, principalmente quando consideramos que a geração de energia em nosso país é majoritariamente limpa”, encerrou o especialista.

Apesar do número veículos eletrificados leves ter superado a marca simbólica das 100 mil unidades , o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf, afirma que ainda há muito a ser feito para os eletrificados no país:

"Precisamos de uma política nacional de eletromobilidade , ou seja, de políticas públicas alinhadas e coordenadas entre o governo federal e os governos estaduais e municipais para incentivar a transição do veículo a combustão para o veículo elétrico”.

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