A mobilidade por meio de veículos exclusivamente elétricos ainda é pequena no Brasil, mas já existem diversas empresas de olho no crescimento no setor e nos efeitos que a participação desses veículos podem causar.
O principal efeito negativo que os carros elétricos trazem é o aumento na demanda de energia, e consequentemente, um encarecimento no custo.
Segundo a Aneel , 59,13% da energia elétrica do Brasil é de origem hídrica, com 12,08% sendo gerados em parques eólicos, e 3,33% de aproveitamento de energia solar com painéis fotovoltaicos.
Uma avaliação feita pelo Grupo Safira aponta que, caso as previsões acertem e o Brasil tenha 10% de sua frota automotiva composta por veículos elétricos até 2030, esses veículos causarão um aumento de 9,4 GWh na demanda energética do país.
A rede energética do Brasil cresceu 2% de 2021 para 2022, e deve crescer 12,4% até 2026, e mesmo assim, a Safira Energia considera que a quantidade energética disponível será insuficiente.
“Visando sustentabilidade, é apropriado carregar os carros elétricos com energia limpa, o que é o caso da energia solar
, com usinas plugadas na rede, ou pelo modelo off grid, sem integração com a rede elétrica", explica Raphael Vasques, coordenador de Gestão e Inteligência de Mercado do Grupo Safira.
No caso dos carregadores off-grid, os carregadores são abastecidos apenas pelas energia solar gerada pelas placas, enquanto no caso das conectadas na rede, nem sempre a energia dos painéis será utilizada, já que ela retorna para a rede elétrica local.
No Brasil já existem projetos para reutilizar baterias de carros elétricos para armazenar energia solar, e oferecer energia completamente limpa por 24h para os veículos eletrificados.
O projeto está em fase de testes na fábrica da BMW em Araquari (SC) e dá uma segunda vida para as baterias do BMW i3 . Na Inglaterra, a Kia iniciou um projeto semelhante, mas em parceria com a empresa alemã DB.
Os consumidores comerciais e industriais que estão no Ambiente de Contratação Livre (ACL) possuem uma tarifa de energia 30% menor
em comparação aos consumidores atendidos pelo Ambiente de Contratação Regulada.
No caso dos ACL que fornecem energia para eletropostos , como por exemplo, carregadores instalados em Shopping Centers, essa energia será mais em conta.