Os carros mais modernos, principalmente os elétricos, possuem cada vez mais similaridades com computadores e smartphones, o que faz com que hackers tentem invadir os automóveis . Um grupo invadiu um veículo da Tesla e liberou funções que geralmente são pagas .
Assim como demais dispositivos eletrônicos, como smartphones e videogames , os hackers demoram para conseguir acessar os sistemas, visto que a fabricante acaba soltando atualizações para aumentar a proteção .
Um grupo de hackers da Alemanha afirmam ter conseguido invadir o sistema da Tesla de uma forma que não pode ser “corrigida” pela marca no futuro. O grupo é composto por um pesquisador em segurança e três estudantes de PhD. A equipe afirma ter encontrado uma falha na “Unidade de Controle de Mídia”, e então conseguem fazer com que o carro entenda que determinadas funções foram compradas pelo proprietário .
Essas funções vão desde aquecimento do volante , iluminação interna , ou até mesmo o “Boost de aceleração”, que custa 2 mil dólares (R$ 9.792) e pode ser ativado gratuitamente, de acordo com o grupo.
Segundo os hackers, a Tesla não pode corrigir a falha através de atualizações (patch), porque o alvo é o processador dentro da unidade de controle, que é fornecido pela AMD , portanto, quem tiver conhecimento e acesso ao veículo equipado com o sistema da AMD, consegue ativar as funções.
Os hackers não afirmaram se conseguem ativar, por exemplo, o dispositivo de direção completamente autônoma (Full Self Driving), opcional que custa 15 mil dólares (R$ 73 mil) e promete conduzir o automóvel sem depender (tanto) do motorista - uma classificação extremamente polêmica, mas que o fabricante continua a insistir.
Resta saber como a Tesla irá reagir à descoberta do grupo hacker. Será que irão procurar por sinais de invasão quando um veículo for até algum concessionário? Irão trocar a unidade que possibilita o hack ou conseguirão impossibilitar a invasão através de uma atualização remota? Só o tempo irá dizer.