Baterias BYD
Divulgação/BYD
Baterias BYD

indústria automotiva europeia enfrenta grandes desafios com a evolução das baterias chinesas , que oferecem maior eficiência e menor custo. Enquanto isso, fabricantes europeus como a  Volkswagen ainda dependem de arquiteturas modulares, o que resulta em desvantagens competitivas.

As baterias chinesas utilizam a tecnologia Cell-to-Pack (CTP), eliminando módulos intermediários e permitindo o uso de células maiores. Essa inovação aumenta a eficiência e reduz o peso, proporcionando maior autonomia e tempos de recarga mais rápidos.

Eficiência das baterias chinesas

O sistema modular europeu agrupa células em módulos, ocupando mais espaço e adicionando peso. Apenas 25% a 30% do volume total é usado para armazenamento de energia, limitando a densidade energética. Em contraste, as baterias chinesas otimizam o uso do espaço.

Empresas como BYD e CATL apostaram rapidamente no CTP, permitindo a utilização de células maiores, como as baterias Blade da BYD. Isso resulta em maior eficiência energética e tempos de recarga reduzidos, destacando a competitividade dos produtos chineses.

Avanços tecnológicos da CATL

A CATL, líder na fabricação de baterias, lançou a terceira geração de sistemas CTP. A linha Shenxing oferece recargas rápidas, permitindo recuperar 600 km de autonomia em 10 minutos. As baterias atuais oferecem até 1.000 km de alcance, com potencial para 2.000 km futuramente.

A Tesla também avança com a tecnologia Cell-to-Chassis (CTC), introduzida em 2020. Nesse sistema, as células são integradas ao chassi, reduzindo custos e aumentando a eficiência. O peso do veículo é reduzido em 10% e a autonomia aumenta em 14%.

Desafios para a Europa

A falta de investimento e atrasos em iniciativas como a Northvolt comprometeram o desenvolvimento europeu. Isso levou marcas como BMW a cancelar pedidos devido à falta de competitividade em relação às baterias chinesas e americanas.

Os fabricantes europeus precisam decidir entre adotar novas tecnologias ou arriscar perder relevância. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento são necessários para que a indústria automotiva europeia permaneça competitiva em um mercado global em rápida evolução.

** Jornalista formado pela PUC-SP, atuando como repórter do IG Carros. Já atuou também nas editorias de esportes e ESG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!