Renault Megane E-Tech
Divulgação
Renault Megane E-Tech

Os preços dos  carros elétricos novos registraram uma queda de 2,897% em 2024, de acordo com o Índice Webmotors. No mesmo período, os  híbridos zero quilômetro tiveram uma redução de 2,336%. Essa tendência reflete mudanças no mercado automotivo global.

Em dezembro de 2024, os elétricos novos apresentaram uma leve queda mensal de 0,226%, enquanto os híbridos caíram 0,175%. Entre os modelos com maior desvalorização mensal, destacam-se o Renault Megane entre os elétricos, com uma queda de 3,732%.

Nos veículos híbridos, o Audi A4 registrou a maior desvalorização, com uma redução de 6,486% em dezembro. Por outro lado, o BMW 330e, também híbrido, obteve valorização de 2,881%, contrastando com a tendência geral de queda nos preços.

A4 híbrido
Divulgação/Audi
A4 híbrido

O Volvo C40 elétrico também contrariou a tendência de desvalorização, apresentando um aumento de 1,843% em seu preço. Esses movimentos no mercado refletem uma combinação de fatores, incluindo avanços tecnológicos e estratégias de mercado.

Fatores que impulsionam queda de preços

O custo das baterias, componente crítico dos veículos elétricos, caiu 20% em 2023, atingindo US$ 115 por kWh. Essa redução é projetada para chegar a US$ 100 por kWh em 2026, impactando significativamente os preços de produção e, por consequência, de venda.

Baterias BYD
Divulgação/BYD
Baterias BYD

A concorrência de fabricantes chineses, como BYD e GWM, que oferecem modelos até 40% mais baratos, também pressiona os preços globais. Na China, a paridade de preços entre elétricos e veículos a combustão já é uma realidade, influenciando mercados internacionais.

Incentivos governamentais em países como China e membros da União Europeia aceleram investimentos em produção em massa. No Brasil, políticas de incentivo e isenções fiscais têm impulsionado as vendas de modelos elétricos, como o BYD Dolphin Mini.

Impactos no mercado automotivo

A desvalorização de seminovos foi acentuada, com carros elétricos perdendo 12% de valor em 2024. Isso contrasta com uma queda de 6% para híbridos e 2,25% para veículos a combustão, refletindo uma transformação nas preferências dos consumidores.

Carregador elétrico
Agência Brasil
Carregador elétrico

A redução da demanda por petróleo é uma consequência direta, com projeções indicando a substituição de 500 mil barris por dia em 2025. As vendas de elétricos no Brasil alcançaram 61.615 unidades em 2024, lideradas por marcas como BYD e GWM.

Esses dados indicam uma expansão global nas vendas de veículos elétricos, com um crescimento esperado de 17% em 2025. As montadoras tradicionais enfrentam desafios para adaptar suas linhas de produção e evitar multas por emissões.

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