Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, faleceu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos. Ao longo de 12 anos como papa, Franciso participou de diversos eventos e fez várias aparições no famoso "papamóvel".
O último veículo oficial utilizado pelo pontífice foi um SUV esportivo Mercedes-Benz Classe G totalmente elétrico, apresentado pela montadora alemã em 2024. Com carroceria branca perolada, o automóvel representou um marco por ser o primeiro "papamóvel" sem emissões de CO2.
Desenvolvido em estreita cooperação com o Vaticano, o veículo foi projetado especificamente para atender às necessidades do Papa durante suas aparições públicas. Entre as adaptações técnicas, destaca-se a configuração para operar em velocidades particularmente baixas durante eventos com multidões.
Legado ambiental
A escolha do veículo elétrico alinhava-se com a encíclica Laudato Si, documento no qual Francisco manifestou-se enfaticamente em favor da preservação do meio ambiente. O automóvel seria amplamente utilizado durante o Jubileu de 2025, evento que ocorreria em Roma.
O Jubileu, celebração tradicional organizada a cada 25 anos pela Igreja Católica, esperava receber aproximadamente 33 milhões de peregrinos de todo o mundo no final de dezembro. O evento seria uma das principais ocasiões para o uso do novo veículo papal.
A relação entre a Mercedes-Benz e o Vaticano remonta a quase um século, com a montadora alemã fornecendo carros para os dignitários da Santa Sé durante esse período. Diversos modelos históricos encontram-se expostos tanto no Vaticano quanto no museu da fabricante em Stuttgart.
Antes de Francisco, seu antecessor Bento XVI já havia demonstrado preocupação ambiental ao utilizar um carro elétrico da fabricante francesa Renault. No entanto, aquele veículo não possuía status oficial de "papamóvel", diferentemente do recém-apresentado Mercedes-Benz Classe G elétrico.