
A Tesla apresentou novas versões “Standard” de seus modelos mais vendidos, o sedã Model 3 e o SUV Model Y, nos Estados Unidos.
Os carros custam a partir de US$ 36.990 (R$ 211,6 mil) e US$ 39.990 (R$ 228,8 mil), e têm autonomia acima de 480 km, segundo dados da fabricante.
As novas opções perdem alguns recursos das versões “Premium”, como bancos traseiros aquecidos, sistema Autosteer e detalhes de acabamento.
A montadora reduziu o tamanho das baterias e simplificou itens de conforto para atingir um público mais amplo, mantendo a autonomia próxima à das versões mais caras.
Estratégia de preços
As versões Standard substituem planos anteriores de um veículo elétrico mais acessível, inicialmente prometido por menos de US$ 30 mil (R$ 171,7 mil).
A Tesla optou por adaptar seus modelos atuais em vez de criar um novo carro compacto.

Nos Estados Unidos, os novos Model 3 e Model Y perdem o crédito fiscal federal de US$ 7.500 (R$ 43 mil), encerrado em 30 de setembro, o que afeta o preço final para o consumidor.
As entregas começam entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026, conforme o site da montadora.
Concorrência global
Com a medida, a Tesla tenta conter a queda nas vendas observada nos últimos trimestres e enfrentar a concorrência de montadoras da China e da Europa, que ampliaram a oferta de elétricos abaixo de US$ 30 mil.
O Model 3 Standard concorre com o Chevrolet Equinox EV, o Hyundai Ioniq 5 e o Kia EV4, previstos para o próximo ano.
Na Europa, a empresa enfrenta competição direta de mais de uma dezena de modelos elétricos e híbridos plug-in na mesma faixa de preço.
As ações da Tesla encerraram a terça-feira (07) em queda de 4,5% na Nasdaq.
O movimento ocorre após a divulgação dos preços das novas versões, cerca de US$ 5 mil abaixo dos modelos de entrada anteriores.
Apesar do reposicionamento, a marca mantém foco em rentabilidade e tecnologia, enquanto reforça planos de avançar em projetos de robotáxis e sistemas de direção autônoma.