A Toyota afirmou que não irá alterar sua estratégia para veículos elétricos, e enxerga esses modelos como uma alternativa para o futuro, mas não se tornará uma fabricante exclusiva de modelos elétricos.
Em uma fala recente aos concessionários da marca durante um evento em Las Vegas (EUA), Akio Toyoda
, presidente da fabricante japonesa, informou aos lojistas que a adoção completa aos carros elétricos irá “demorar mais do que a mídia deseja que nós acreditemos”.
Para Toyoda, a estratégia que a fabricante seguirá adotando é a de manter sua gama de motorizações
“com maior amplitude possível”.
A Toyota
tem uma tradição de conservadorismo em relação a muitos modelos, apesar de ter sido a primeira fabricante a apostar em um veículo híbrido
produzido em série, somente em abril deste ano lançou seu primeiro carro 100% elétrico.
Os consumidores mais tradicionais, que ainda preferem motores a combustão certamente se sentem mais tranquilos após a declaração do presidente da marca, principalmente após o anúncio de que a Toyota teria 30 modelos elétricos em meados de 2030.
A fabricante japonesa planeja investir US$ 28 bilhões no segmento de veículos elétricos, um valor significativamente menor que rivais como a Ford
, que planeja injetar US$ 50 bilhões até 2026 neste setor, e o presidente da Toyota afirma que o investimento é menor, pois ele já ocorre há duas décadas.
“Nossos investimentos parecem ser menores que os outros, mas se perceber o que a Toyota vem fazendo nos últimos 20 anos, o total investido não é pequeno”, declarou.
“A Toyota é como uma fabricante para todos os tipos de motorização . Não é correto que uma marca determine qual tipo de produto você deveria comprar”, concluiu o presidente da fabricante japonesa.
Toyoda ainda afirmou que não acredita que o mandato do estado da Califórnia (EUA) de banir a venda de veículos novos movidos a gasolina a partir de 2035 irá vingar.
“Analisando os preços, autonomia dos veículos e infraestrutura de hoje e o ritmo que esses indicadores estão se desenvolvendo, falando de forma realística, acho que são metas difíceis de alcançar”, completou o executivo.