A Ford apresenta a versão renovada da picape média Ranger , que começa a chegar às lojas em maio... Opa, já dissemos isso antes e não é impressão a sua. No dia 9 tivemos o primeiro contato com a caminhonente, ocasião em que a fabricante mostrou apenas os preços das versões a diesel (R$ 129.900 pela Ranger XLS e R$ 179.900 pela Ranger Limited ). Dessa vez estamos no lançamento mundial e, enfim, ficamos sabendo o preço das versões com motor flex: R$ 99.500 na versão XLS, R$ 109.500 pela XLT e R$ 118.500 no modelo Limited.
Motivo para voltar a focar nesse segmento não falta. “Tem muita gente com poder aquisitivo que mora no interior do Brasil e quer um modelo que seja funcional na terra e que passe uma sensação de carro premium ”, afirma o gerente-geral de produção da Ford , Oswaldo Ramos. A Ranger atualmente é a quarta picape média mais vendida, com 1.196 unidades, menos da metade do que as 3.442 unidades da Toyota Hilux – apesar que, sejamos honestos, é normal as vendas de um modelo caírem antes de ele passar por uma mudança.
E o que é essa mudança da Ranger ? Para começar, temos a troca no design, mais alinhada com a identidade visual da marca. A grade hexagonal remete aos demais modelos da Ford, embora seja mais parruda e grossa, e com os faróis integrados. A Ford diz que essa grade funciona como um escudo de proteção, e precisava transmitir uma sensação de solidez. O para-choque mudou, com barra de segurança, junto com os faróis de neblina.
O interior está ainda mais diferente, lembrando o painel dos modelos Focus e Fusion . É do sedã grande que vem o painel de instrumentos, formado pelo velocímetro no meio, entre duas áreas digitais personalizáveis. Um lado pode mostrar o GPS, ou a música que está tocando, enquanto o outro pode estar o medidor de consumo instantâneo ou o odômetro, por exemplo.
Foram um pouco além das mudanças meramente visuais. A estrutura foi reforçada, para que possa enfrentar qualquer tipo de terreno. Os motores diesel contam com novos bicos injetores, turbocompressores e cilindros, para reduzir o consumo (em cerca de 15%) e o nível de vibração. O Duratorq 3.2 ganhou 10 cv, chegando aos 200 cv a 3.000 rpm e 48 kgfm de torque entre 1.750 e 2.500 rpm, enquanto o 2.2 manteve os 160 cv a 3.200 rpm e 39,2 kgfm de torque entre 1.600 e 2.500 rpm.
Já o Duratec flex recebeu o sistema Easy Start, dispensando o tanquinho para partida a frio quando abastecido com etanol. Continua a gerar 173 cv a 5.750 rpm e 25 kgfm de torque a 4.500 rpm, com biocombustível. As versões com flex usam câmbio manual de cinco marchas. A XLS tem manual de seis marchas e, como opcional, o automático de seis marchas, enquanto a XLT e a Limited conta apenas com automático de seis velocidades. "Nossos clientes não queriam mais a XLT manual, então tiramos de linha", complementa Oswaldo.
Ainda mais do que o novo design e as melhorias mecânicas, é no pacote de equipamentos que a Ford aposta suas fichas e acredita que será capaz de retirar a Toyota Hilux do trono. Seguindo a mesma estratégia que o Ka , a Ranger passa a vir mais completa do que os rivais, com um custo-benefício maior. Para começar, será oferecida apenas com cabine dupla.
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“As vendas mostravam que a cabine simples não está mais na preferência dos clientes”, explica Oswaldo. De série, a picape vem com vidros e travas elétricas, 7 airbags, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, ar-condicionado, rodas aro 17” de liga leve e pneus 265/65, piloto automático e o sistema multimídia Sync, ligado a uma tela de 4,2 polegadas (8 polegadas touchscreen na versão XLT e Limited). Na coletiva, fizeram questão de lembrar que a Hilux mais básica não tem vidros elétricos. Todas com cinco anos de garantia, com quilometragem ilimitada.
A versão XLT adiciona ar-condicionado automático e digital de duas zonas, bancos e volante de couro, sensor de estacionamento traseiro, monitoramento de pressão dos pneus, chave programável MyKey. A central multimídia Sync recebe uma tela sensível ao toque de 8 polegadas e passa a contar com câmera de ré, navegação por GPS e comandos de voz. É a partir dessa versão que o painel de instrumentos recebe as duas telas de 4 polegadas configuráveis.
É muito equipamento, e a Limited adiciona mais algumas coisas. Entra o piloto automático adaptativo, alerta de colisão, sistema de permanência em faixa, acendimento automático dos faróis, farol alto automático, personalização da luz ambiente em sete cores, o banco do motorista ganha ajuste elétrico em oito posições, sensor de chuva para os limpadores, sensor de estacionamento dianteiro, faróis de LED de iluminação diurna e piscas integrados aos espelhos laterais.
Já te contei o que achei da versão 3.2 Limited na semana passada. Nesta tarde será a vez de acelerar o modelo com motor flex e, assim que possível, eu volto para dizer o que achei da Ranger em sua versão mais em conta.
Preços:
XLS 2.5 Flex MT - R$ 99.500
XLT 2.5 Flex MT - R$ 109.500
Limited 2.5 Flex MT - R$ 118.500
XLS 2.2 Diesel MT - R$ 129.900
XLS 2.2 Diesel AT - R$ 142.900
XLT 2.2 Diesel AT - R$ 166.900
Limited 3.2 Diesel AT - R$ 179.900
*Viagem a convite da Ford