Com tantas opções de oficina por aí, é difícil escolher uma que seja de confiança, sem inventar defeitos para aumentar o orçamento, ou mesmo que faça o serviço correto sem custar muito caro. Pior ainda para quem não entende muito de mecânica, o que dá brecha para que o mecânico venha com algum papo de manutenção preventiva de uma peça em bom estado. Se não é possível mais fazer a revisão na concessionária, o jeito é encontrar uma boa oficina.
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Se preocupar apenas com o preço cobrado na oficina pode ser um problema, pois pode faltar estrutura para realizar o serviço corretamente, além do risco de utilizar peças usadas ou, até mesmo, falsificadas, oferecendo um risco à segurança. Por isso, o CESVI Brasil, do Grupo Mapfre, divulgou 7 dicas para ajudar os motoristas a procurarem pela oficina mecânica mais adequada na sua região.
“Estrutura, equipamentos de qualidade, profissionais capacitados e boas ferramentas são itens que devem ser notados pelo motorista assim que entrar em uma oficina mecânica”, explica Gerson Burin, coordenador técnico do CESVI. “Desta forma, é possível analisar de que forma seu carro será tratado.”
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Quem indica
A dica mais conhecida e usada na hora de escolher uma oficina é ir por indicação. Afinal, se um amigo ou familiar recomenda algum serviço, é porque já utilizou antes e gostou do resultado. A satisfação de algum cliente que você já conhece vale muito. Dependendo do caso, pode até ser de desconhecidos, se for uma oficina grande – use sites de reclamações para conferir se o bom atendimento de quem te indicou não foi uma exceção.
Segunda opinião
Quando um médico dá uma má notícia sobre nossa saúde, é normal procurarmos uma segunda opinião. O mesmo vale para os orçamentos feitos pelas oficinas. Se o mecânico falou de algum defeito estranho, ou recomenda alguma manutenção de forma preventiva, gaste mais alguns dias levando à outro profissional, sem falar qual foi o diagnóstico anterior. Deixe que ele diga se encontrou o mesmo problema e quanto vai cobrar para arrumar. Assim você descobre se é uma falha real e se não estão cobrando demais pelo reparo.
Organização é tudo
Basta entrar em uma oficina e olhar bem para criar uma boa (ou má) impressão do local. Claro, o pessoal mais graxeiro vai falar que conhece oficinas com cara de suja e desorganizada, mas que faz um ótimo serviço. Porém, com os carros cada vez mais cheios de tecnologia, muitos defeitos precisam de mão de obra especializada. Verifique se tem equipamentos bem conservados, qual o procedimento deles ao receber um veículo para reparo e se seu carro vai ficar guardado adequadamente.
Olho no orçamento
A velha técnica dos mecânicos de má índole para enganar as pessoas com pouco (ou nenhum) conhecimento é informar defeitos de forma vaga. Fique atento ao orçamento oferecido e peça que seja o mais detalhado possível, com quais peças precisam ser substituídas e qual o valor que está cobrando tanto pelos componentes quanto pela mão de obra. Assim, é possível ir atrás de uma segunda opinião ou pesquisar os preços das peças.
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Documento de entrada
Se decidir deixar o carro na oficina, peça que façam um documento muito bem detalhado sobre as condições gerais do veículo, incluindo quilometragem e nível de combustível. Isso evita que cobrem por mais algum estrago que seja causado enquanto o automóvel estiver com eles, desde acidentes ao manobrar o veículo a até substituição de peças sem seu consentimento.
Cuidado na retirada
Após a conclusão do reparo, vá buscar o carro com tempo sobrando para circular. Rode com o carro para verificar seu comportamento, mesmo que o serviço combinado não envolva diretamente a parte mecânica (como reparos na lataria). Se sentir que há algo de errado, volte para a oficina e fale com o mecânico. Se possível, faça esse teste com alguém da oficina do lado, para ter uma resposta imediata caso perceba algo fora do normal. Se o carro não estiver em ordem, procure a delegacia e faça um Boletim de Ocorrência e procure o Procon da sua cidade.
La garantia soy jo
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a oficina deve dar uma garantia de 90 dias para o serviço executado e, se não tiver sido realizado corretamente, o proprietário pode exigir que seja refeito, a devolução do dinheiro ou abatimento proporcional do preço. Exija a nota fiscal e um comprovante da garantia, detalhando qual foi o reparo e que peças foram substituídas, assim como sua procedência.