Honda WR-V
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Honda WR-V

Um dos lançamentos mais recentes do mercado, o Honda WR-V não chega a ser um SUV, como a fabricante insiste em dizer, mas tem suas qualidades como modelo com apelo aventureiro. Para ficar mais claro quais são os principais pontos positivos e negativos do carro, listamos abaixo os cinco mais importantes.

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Pelos números do Renavan (Registro Nacional de Veículos), o novo modelo teve bom desempenho nas vendas no primeiro mês nas lojas, com 1.854 unidades vendidas em abril, volume acima das 1.846 do Fit. Confira a seguir, primeiramente, as boas razões que devem ter ajudado o Honda WR-V atingir esses números.


 Pontos positivos

1 – Suspensão bem acertada

Pode ser considerado um dos principais pontos fortes do WR-V. O pessoal de engenharia da Honda conseguiu chegar em um acerto que deixou o carro disposto a enfrentar obstáculos urbanos como valetas e lombadas com desenvoltura. Com isso, o modelo ficou mais confortável por absorver bem as irregularidades do piso, o que inclui trechos de terra batida, por exemplo. 

Entretanto, apesar de terem chegado a um bom resultado, o WR-V não chega a ter a mesma capacidade de um um SUV de verdade para encarar uma trilha no meio do mato. Por outro lado, mesmo com altura livre do solo de 20,7 cm, o que é maior que a do Fit, a estabilidade nas curvas fica dentro da proposta do carro, em pretensões esportivas.

2 -  Versatilidade dos bancos

Como é feito a partir do Fit, o WR-V também vem com o sistema de bancos dobráveis e rebatíveis. Podem facilitar bastante o transporte de cargas longas, deixando um bom espaço, com base plana, ampliando o porta-malas. Além disso, também torna possível levar objetos um pouco mais altos, como um vaso de plantas.

O interior conta com alguns detalhes exclusivos, como o revestimento e o desenho dos bancos, mas ainda bem próximo do que é encontrado no Fit. No caso do WR-V, o estilo do interior procura transmitir uma ideia de esportividade, embora de maneira simples.

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3 -  Desenho exclusivo

Além do bom acerto da suspensão, também conseguiram chegar num estilo que transmite a ideia de robustez que o carro precisava. A frente ficou com jeito mais “parrudo” com novas peças como faróis mais parecidos com os dos SUVs compactos, capô com contornos mais bem definidos, ampla grade dianteira e detalhes como protetores emborrachados nos para-malas e anteparos que imitam alumínio nos para-choques.

Se visto de frente o WR-V causa uma boa impressão, na traseira o resultado não é o mesmo. Bem que poderiam ter caprichado mais do que apenas incluiu detalhes discretos, como uma nova disposição das lanternas e um barra metálica em cima da moldura da placa de identificação.

Pontos negativos

1 – Preço acima do ideal

O modelo parte de R$ 79.400 e pode chegar a R$ 83.400, o que acaba ficando a apenas R$ 3.400 do HR-V LX CVT mais em conta.  Se formos comparar com o que custa um Fit também dá para notar algumas diferenças. Levando em conta as versões correspondentes, o WR-V tem um valor consideravelmente mais alto que o do Fit, cuja versão EX tem preço sugerido de R$ 73.800, ante R$ 79.400 do modelo com apelo aventureiro, ou R$ 5.600 a mais.

No caso da versão topo de linha EXL, a diferença de preço entre o Fit e o WR-V cai um pouco (para R$ 4.500), mas os valores chegam a patamares mais altos (R$ 78.900 no Fit e R$ 83.400 no WR-V).  

2 – Desempenho que não empolga

  O desempenho também não é o forte do WR-V. O carro tem fôlego apenas razoável. De acordo com os números da fabricante, vai de 0 a 100 km/h em nada empolgantes 12,3 segundos e atinge 168 km/h. Por isso, nas retomadas, é bom ter cautela, o que significa que vale calcular uma boa margem de segurança nas ultrapassagens e acelerações. Além disso, nas curvas, não há controle eletrônico de estabilidade para evitar derrapagens indesejáveis.

 Como o carro vem equipado com câmbio CVT, mesmo com o um novo acerto do módulo de controle, pisando no acelerador o carro não empolga. E é bom ir devagar com o andor, já que se pisar mais forte o barulho no interior do carro vai para as alturas. O carro tem fôlego apenas razoável. De acordo com os números da fabricante, vai de 0 a 100 km/h em nada empolgantes 12,3 segundos e atinge 168 km/h. 

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3 – Falta controle eletrônico de estabilidade

A lista de equipamentos do WR-V topo de linha EXL inclui itens como sistema multimídia com tela de 7 polegadas, sensível ao toque e com GPS, 6 air bags e luz diurna de LED nos faróis, mas não incluíram o controle eletrônico de estabilidade, nem como opcional. Trata-se de um item de segurança cada vez mais comum, que evita derrapagens indesejáveis e que será obrigatório na Argentina a partir do ano que vem e, no Brasil, a partir de 2020.

A falta do controle de estabilidade no Honda WR-V é ainda mais grave ao levar em conta que o centro de gravidade mais alto do carro acaba exigindo ainda mais atenção, uma vez que a carroceria tende a inclinar mais que o ideal,podendo contribuir com a perda de controle do carro nas curvas se abusarem um pouco da velocidade.

Ficha técnica

Preço:  a partir de R$ 79.400

Motor: 1.5, quatro cilindros,  flex

Potência: 116 cv a 6.000 rpm

Torque: 15,3 kgfm a  4.800 rpm

Transmissão:  Automático, CVT, tração dianteira

Suspensão:Independente (dianteira) e eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira

Pneus: 195/60 R16 

Dimensões: 4,00 m (comprimento) / 1,70 m (largura) / 1,60 m (altura), 2,56 m (entre-eixos)

Tanque : 45 litros

Porta-malas: 363 litros

Consumo: 11,7 km/l (cidade) /12,4 km/l (estrada) com gasolina

0 a 100 km/h: 12,3 segundos 

Vel. Max: 168 km/h 

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