Depois de Ferrari, Porsche, Aston Martin, Pagani, entre outras marcas de superesportivos, eis que a McLaren desembarca no Brasil oficialmente, por meio do Grupo EuroBike. A loja está localizada no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, já de acordo com os novos padrões estéticos da fabricante de Woking (Reino Unido), adotado a partir do fim do ano passado.
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Além do showroom, no andar térreo, o prédio terá oficina completa, com dois mecânicos treinados pela McLaren , e ainda espaço para seminovos no primeiro andar, de acordo com proprietário da Eurobike, Henry Visconde. Ainda segundo ele, entre as seis supermáquinas da marca inglesa que já foram vendidas no Brasil até agora, duas são uma das 500 unidades da exclusiva versão Senna, que sai por algo em torno de R$ 8 milhões no Brasil, valor 150% superior ao cobrado no país de origem (750 mil libras) por conta de todos os impostos e taxas vigentes no mercado brasileiro.
Um dos compradores da McLaren Senna mora em Brasília (DF), “mas não é politico”, brincou Visconde. O outro, está em São Paulo. Serão os dois únicos felizardos que terão o supercarro com o sobrenome do tricampeão mundial de Fórmula 1, já que é a cota do Brasil. Entretanto, ainda de acordo com Visconde “se tivesse direito a vender mais quatro carros eu conseguiria vender”. Ambos os proprietários vão receber seus McLaren Senna apenas no segundo semestre de 2019 depois de irem até a sede da empresa para uma série de detalhes.
Os outros quatro McLaren vendidos no Brasil são: um 720S, que pode sair por até R$ 3,1 milhões e dois 570S, sendo um deles Spider (conversível), cujos preços variam entre R$ 1,8 milhão e R$ 2,1 milhão. O primeiro (720S) vem com de 719 cv e 78,5 kgfm, para acelerar de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos. E o outro (570S) fica nos 569 cv, com 0 a 100 km/h de 3,2 segundos e máxima de 328 km/h.
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Sobre a negociação para que a McLaren viesse oficialmente ao Brasil, Visconde disse que precisou de quase três anos de conversas, idas e vindas. “ Foi difícil eles entenderem as burocracias do nosso País, bem como as altas taxas e impostos, mas aos poucos conseguimos concluir o processo”. Visconde também informou que pretende vender em torno de 20 carros no Brasil até o fim de 2018 e, se o cliente quiser personalizar seu McLaren, terá que esperar entre três e quatro meses para receber o carro.
Serão quatro dos modelos da McLaren no Brasil: 570 GT, 570S, 570S Spider e 720 S. Logo mais, também haverá o BP 23, que ainda não foi lançado, mas será um Gran Turismo híbrido de três lugares, de acordo com o diretor geral da Mclaren no Oriente Médio, África e América Latina, Andeas Bareis, que também esteve presente na inauguração da loja em São Paulo.
Senna
Não é por acaso que Bruno, sobrinho de Ayrton Senna, virou embaixador da McLaren no Brasil. Seu tio correu pela equipe da marca inglesa na Fórmula 1 entre 1988 e 1993, com três títulos mundiais (88,90 e 91). Senna esteve em São Paulo, na apresentação do supercarro que leva seu sobrenome. Entre outros detalhes, ele contou que o modelo tem uma parte aerodinâmica capaz de gerar até 800 kg de pressão a 250 km/h para ajudar na estabilidade.
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Senna disse também que defletores de ar e aerofólios móveis mudam o ângulo de inclinação em relação à passagem do ar conforme uma série de variáveis. Além disso, o carro pesa apenas 1.198 kg e é feito na sua maior parte de fibra de carbono, material leve e resistente que começou a ser usado primeiramente pela própria McLaren, na Fórmula 1, a partir de 1981.
Além da leveza, o superesportivo da McLaren tem motor V8. 4.0, de 800 cv e 81,6 kgfm de torque, números suficientes para acelerar de 0 a 100 km/h em meros 2,6 segundos, ou atingir 200 km/h em 6,8 s ou ainda os primeiros 400 metros em apenas 9,9 segundos. "Foi o carro mais impressionante, próximo de um modelo de competição, que já dirigi até hoje" , contou Brunno durante a apresentação do supercarro.