Carros guinchando caminhões não são novidade. Até Volkswagen Touareg e Porsche Cayenne Turbo S já foram capazes de executar a façanha há alguns anos. Um Toyota Tundra conseguiu até locomover o shuttle do ônibus espacial Endeavour da NASA por uma rodovia, em Los Angeles. A bola da vez fica por conta da companhia aérea australiana Qantas Airways, que fez um Tesla Model X rebocar seu Boeing 787.
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A aeronave que o Tesla Model X P100D puxou não é das mais pesadas. Na verdade, trata-se de uma bela obra da engenharia moderna que visa a redução de peso através da utilização de materiais leves, como alumínio e titânio. Basicamente, o 787 da Qantas é bem leve se compararmos com outros aviões do seu tamanho capazes de transportar mais de 230 passageiros. Para ajudar, o sistema de distribuição de torque e tração do Model X está em dia.
O modelo tem tração nas quatro rodas, graças ao sistema de motor duplo que entrega torque instantâneo. Para locomover a aeronave de 130 toneladas, a companhia aérea utilizou a versão mais potente do Model X, que acelera de 0 a 100 km/h em incríveis 2,9 segundos. Um SUV com desempenho de supercarro.
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Após o feito, o Guinness deu ao Tesla Model X o título de carro elétrico com maior capacidade de reboque do mundo. Uma boa opção para John Travolta, uma vez que o ator tem dois Boieng 707 em sua garagem. Literalmente!
Polêmicas envolvendo a Tesla
Elon Musk, presidente da Tesla, gosta de usar o Twitter para conversar com seus fãs e divulgar suas artimanhas científicas - o empresário também é dono da agência aeroespacial SpaceX. No último dia 14, ele usou a rede social para se manifestar contra a abordagem do jornal The Washington Post. No fim de semana anterior, um Tesla semi-autônomo se envolveu em um acidente com uma carreta parada no farol vermelho.
“É incrível que o acidente envolvendo o Tesla autônomo em que o motorista quebrou apenas o tornozelo ocupe a página principal dos canais de notícia”, escreveu Musk. “Mais de 40 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito causados por modelos convencionais no ano passado, e ninguém cobriu”.
Musk também aproveitou a ocasião para enaltecer a segurança de seus carros. “O mais surpreendente sobre esta acidente é que o motorista tenha apenas quebrado o tornozelo após colidir a 120 km/h com um caminhão. Um impacto nessa velocidade costuma terminar com ferimentos muito mais graves, ou morte”, continua ele.
Tecnologia semi-autônoma não é a única polêmica acerca da Tesla. Em 2017, o vídeo de um Model S pegando fogo após uma colisão na Áustria viralizou na internet. Foi necessária uma equipe com 35 bombeiros, que levou duas horas para apagar o incêndio. A Tesla ainda recomenda que o carro fique em quarentena por 48 horas, uma vez que ele pode entrar em chamas outra vez. De acordo com o corpo de bombeiros, foram utilizados mais de 8 mil litros de água para conter o fogo.
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Em defesa, um executivo da Tesla divulgou que carros elétricos são cinco vezes menos propensos a pegar fogo que veículos convencionais. Logo, devem ser tratados como casos isolados.
Musk diz que é possível melhorar a estrutura de alumínio que protege a bateria dos Tesla . Entretanto, isso poderia adicionar mais peso ao veículo e comprometer dirigibilidade e até a autonomia. O executivo não pensa que isso será necessário, uma vez que as medidas de segurança atuais estão de acordo com a necessidade e incêndios são pouco frequentes.