Em tempos de disparada no preço do petróleo, o que afeta diretamente no custo da gasolina para o consumidor final, vale a pena dar mais importância aos modelos elétricos e híbridos, não? Dentro desse contexto, a Toyota é uma marca-chave por ter dois modelos que se destacam no mercado. O sedã médio mais vendido do segmento e o híbrido de maior volume atualmente. Fazendo as contas dos preços de ambos, não apenas de tabela, mas de manutenção e seguro chegamos à seguinte questão: por que não levar um Prius em vez do Corolla para casa?
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O Corolla é o sedã médio mais vendido do Brasil. Desde 2008, quando ultrapassou o Honda Civic pela primeira vez no ranking da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos), o modelo se tornou absoluto em seu segmento. E as vendas do ano passado estão aí para comprovar. Ao longo de 2017, o sedã da Toyota teve 66.188 unidades vendidas, dando um verdadeiro baile no segundo colocado, o Civic. A Honda, por sua vez, viu 25.871 unidades do Civic deixando suas concessionárias ao longo do mesmo período.
Mas Toyota tem outro carro bem interessante, na mesma faixa de preço da versão topo de linha do Corolla. E você bem que poderia considerar este passo a mais ao futuro da indústria automobilística no mundo todo. Estamos falando do Prius, o híbrido mais vendido do Brasil que também ostenta números de dar inveja. Em setembro do ano passado, ele chegou a vender mais que o respeitado Volkswagen Golf. Em clima de revolução, a reportagem do iG Carros indica cinco motivos para você deixar de lado a ideia de comprar o Corolla Altis e apostar no Toyota Prius.
1 - Preço de carro médio
Quando pensamos em carros híbridos e elétricos, logo consideramos valores abusivos. Isso não acontece entre a dupla Prius e Corolla Altis. O sedã médio custa R$ 118.850, enquanto o híbrido tem preço sugerido de R$ 126.600.
Será mesmo que esses R$ 8 mil fariam diferença no bolso de quem pretende desembolsar algo entre R$ 120 mil e R$ 130 mil em um carro? Dificilmente.De fato, o Prius é um pouco mais caro que o Corolla. Mas veremos nos próximos tópicos que o consumo de combustível é capaz de levar a conta pra baixo.
Você também não estará comprando um carro inferior. O Prius tem acabamento em dia com o Corolla, contando com revestimento macio cobrindo toda a extensão do painel e as portas. Até a central multimídia é a mesma. Uma das coisas mais legais sobre o Prius é o design diferenciado. A alavanca de câmbio, por exemplo, é azul e lembra um joystick. O cluster centralizado também é muito interessante, com animações e grafismos dignos de aplausos. Sem sombra de dúvidas, o híbrido é mais descolado que o modelo a combustão.
2 - Manutenção e seguro?
Sempre que defendemos um carro híbrido por aqui, alguns leitores questionam sobre valores de manutenção e seguro. Claro, sendo uma tecnologia nova, isso deveria ser custoso aos bolsos dos proprietários de Prius. Mas não é bem assim…
A primeira revisão, dos 10 mil km, custa R$ 237,79. Com seis anos de uso, ou 60 mil km rodados, você terá pago R$ 4 mil cravados. Já o sistema híbrido conta com a garantia estendida de oito anos. Compreendem este sistema a bateria híbrida, sua unidade de controle, o módulo de controle de gerenciamento de energia e o motor elétrico. Convidativo, não? E se você morar em São Paulo, ainda ficará isento do rodízio municipal.
O valor do seguro do seguro Corolla é o mesmo do Prius, de acordo com a própria Toyota. Em nossa simulação, o melhor valor é o da Seguradora Mitsui, com R$ 3.747 por doze meses contra colisão, incêndio e roubo. Consideramos um homem na casa dos trinta anos que guarda o carro na garagem, tanto em casa quanto no trabalho.
3 - Bom de guiar
Um dos mitos da internet sobre carros híbridos e elétricos é que eles não são divertidos de guiar. Mas basta entender a proposta do carro. O Prius foi concebido para economizar combustível. Não há necessidade de afundar o pé no acelerador como se estivesse em um esportivo. Afinal, os 12,1 segundos que ele leva para chegar aos 100 km/h não enganam.
Você viu?
Aprender a dirigir o Prius da forma mais eficiente possível pode levar alguns minutos, mas o resultado final vale a pena. A aceleração deve ser progressiva, evitando pisadas que não vão favorecer o consumo. Em descidas, o melhor caminho é apenas administrar a velocidade na frenagem, pois a energia cinética será reaproveitada para carregar a bateria que abastece o motor elétrico.
O cluster mostra todas as informações digitalmente, como se fosse um mini-game. Dessa forma, o Prius se torna um dos carros mais divertidos e interessantes de guiar. Parece até que o modelo propõe um desafio de economia de combustível com o motorista, instigando a dirigir da forma mais econômica.
4 - Economia de combustível
De acordo com a Toyota, o híbrido faz 18 km/l na cidade e 17 km/l na estrada, mas é possível elevar os números com um melhor entendimento do motor. Circulando na cidade, você poderá rodar, teoricamente, por 774 km sem abastecer. Os dados são do Inmetro.
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O motor 1.8 a combustão trabalha em conjunto com uma unidade elétrica. Ambos funcionam com câmbio automático CVT. Juntos, rendem 98 cv de potência e 14,2 kgfm de torque. Para garantir o baixo consumo de combustível, a taxa de compressão é alta (13:1). A grande sacada da Toyota para melhorar o consumo é o reaproveitamento de energia que o motor elétrico é capaz de fazer através das frenagens e da cinética que seria perdida. Com isso, ele dispensa tomadas para recarga. Se a bateria, por acaso, chegar a um estado crítico, o motor a combustão será acionado para recarregá-la e garantir mais alguns bons quilômetros de autonomia.
O melhor número que você conseguirá extrair do Corolla será 10,6 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada, conforme o Inmetro.
5 - Sem medo do futuro
O mundo caminha para o futuro. A Volvo anunciou que a partir de 2019 só vai lançar carros elétricos ou híbridos. Motores a combustão continuarão apenas nos Volvos lançados até 2018, até que eles saiam de linha na próxima década.
Junto da Volvo, a Toyota faz a linha de frente na investida em carros híbridos e elétricos. De fato, estamos bem atrasados no Brasil, mas basta dar uma olhada no showroom da marca na Europa, por exemplo, para vermos que para cada carro a combustão, temos uma opção híbrida. Os melhores exemplos são os novos Avensis e o Toyota RAV4 Hybrid.
Para deixar o brasileiro mais acostumado com a ideia de ter um carro híbrido, a marca japonesa montou um estande no Parque Villa Lobos, em São Paulo, para que o público pudesse conhecer mais sobre a tecnologia híbrida e até mesmo fazer um test-drive no Prius.
A fabricante também aproveitou a instalação que durou cerca de um mês para apresentar o Toyota Environmental Challenge 2050 (ou Desafio Ambiental Toyota 2050). O objetivo é zerar impactos negativos na operação das fábricas do mundo todo. Até 2050, a marca planeja deixar de produzir veículos com motores exclusivamente a combustão, transformando sua frota global em um misto de híbridos e elétricos. E o Brasil faz parte da meta.
A reportagem do iG Carros elaborou uma lista com cinco carros híbridos e elétricos que chegarão ao Brasil até a metade de 2019. Além da Toyota , teremos lançamentos de Volkswagen, Nissan e até Jaguar. Confira a matéria completa no link abaixo.
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