Mesmo sem aprovação do novo regime automotivo (o chamado Rota 2030) e da complicada atual situação da economia do Brasil, os planos da FCA (Fiat Chrysler Automóveis) incluem investir o equivalente a R$ 14 bilhões na América Latina até 2022, montante que será voltado a uma série de lançamentos na região com o objetivo de aumentar a participação da fabricante nas vendas.
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A lista de novidades inclui 15 modelos até 2022, entre os quais três SUVs, de acordo com o novo presidente da FCA para a América Latina, Antônio Filosa. Como não poderia ser diferente, o executivo disse que entre os lançamentos os destaques ficarão por conta dos utilitários esportivos, segmento que mais cresce atualmente no mercado. Um deles será compacto de entrada, menor que o Jeep Renegade. Outro, terá porte médio e o terceiro de sete lugares, mais sofisticado que o Compass, também incluído nos planos da FCA .
No plano de lançamentos da FCA no mercado latino-americano também estarão incluídas as versões sobrealimentadas dos motores 1.0 e 1.3 FireFly, que deverão começar a equipar os modelos da fabricante dentro de dois anos, conforme fontes ligadas à fabricante. Existem também planos de voltar a oferecer as picapes da marca RAM na América Latina, mas isso ainda está sendo estudado.
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E os planos da FCA no mundo?
No início do mês, o chefão da FCA, Sergio Marchionne, apresentou o plano global da empresa. Durante a apresentação, as marcas Chrysler e Dodge ficaram de fora, assim como a Lancia, que vai desaparecer. No caso das duas marcas americanas, ambas vão apenas encolher, bem como o Fiat na Europa, ao contrário do que acontecerá no Brasil.
No mercado europeu, somente os compactos 500 e Panda vão sobreviver. O hatch Punto já teve seu fim anunciado e o Tipo não deverá durar muito. Além disso, em países da África, Oceania e Leste Europeu, apenas os utilitários da divisão Fiat Professional serão mantidos.
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Também faz parte dos planos globais da FCA a continuidade do fortalecimento da marca Jeep, que ganhará novos modelos, inclusive de alto luxo, acima do Grand Cherokee. Serão os SUVs Wagoneer e Grand Wagoneer. Se tudo der certo, a meta é que a fabricante de utilitários esportivos represente algo em torno de 20% do segmento no mundo.
Da marca Dodge vai sobrar apenas a dupla Charger e Challenger e da Chrysler ficará a minivan Pacífica, mais voltada ao segmento de modelos familiares híbridos e autônomos graças à parceria com a empresa Waymo. E dentro desse contexto, a Alfa Romeo fica meio de lado, sem grandes lançamentos previstos para o futuro, conforme os planos da FCA .