Durou apenas 10 anos a produção do carro mais barato do mundo, o indiano Tata Nano. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, apenas uma unidade foi produzida no mês passado. E em junho de 2017 foram feitas somente 275. É o fim do modelo.
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O Tata Nano foi lançado no mercado da Índia em 2008, pelo equivalente a US$ 1.500, o que equivale a cerca de R$ 5.800, numa conversão simples. Entretanto, o preço do modelo foi aumentando ao longo do tempo, chegando nos US$ 3.435 atualmente, ou em torno de R$ 13.300.
Entre os fatores que levaram ao fim da produção do modelo, destacam-se os seguintes: baixíssimo nível de segurança, péssimos resultados nos testes de colisão e aumentos dos custos de produção. Além disso, há vários relatos de unidades que pegaram fogo, o que também não é nada bom.
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Porém, o fim do Tata Nano não significa que o mercado indiano de automóveis vai mal. Muito pelo contrário. As vendas cresceram 38% em junho. A questão do pequeno modelo, que custa pouco, trata-se de uma tentativa em vão de ir muito além do possível quando o assunto é custo de produção e tornar um modelo realmente barato perfeitamente viável.
O mais barato do Brasil
No Brasil, o carro mais em conta à venda atualmente é o Chery QQ Smile, que tem preço sugerido de R$ 27.990. Mas por esse valor, a simplicidade é tanta que não há nem direção assistida e ar-condicionado, itens que são praticamente indispensáveis hoje em dia.
O visual do carrinho até é simpático e moderno, mas sua estrutura e o conjunto mecânico ainda não atingiu os níveis mínimos necessários para atingir os principais concorrentes. Nos quesitos comportamento dinâmico, segurança e qualidade o QQ ainda fica devendo bastante.
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A rede de concessionários também deveria ser mais abrangente e a marca poderia ter melhores condicões de entregar peças e serviços com mais eficiência, em um patamar mais próximo dos principais concorrentes, que conseguem volumes de vendas bem mais altos.
O baixo preço do Chery QQ não reflete no volume de vendas. Pelo contrário, o carro é o menos vendido da categoria, de acordo com o balanço mensal da Fenabrave. Entre janeiro e junho, teve apenas 1.616 unidades vendidas, bem abaixo dos principais rivais, como Renault Kwid (29.678) e Fiat Mobi (24.997). Trata-se de um caso parecido com o do Tata Nano.