Alguns carros são mais chegados em oficinas que os outros, e os motivos podem variar bastante. Em certas ocasiões, a fabricante pode reproduzir uma informação equivocada sobre sua manutenção. Ou até mesmo ser um modelo de nicho visando a exclusividade do proprietário, o que acaba acarretando na dificuldade de encontrar peças por um valor honesto. São vários os motivos que categorizam os carros difíceis de consertar.

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Em ritmo descontraído, a reportagem do iG enumera cinco carros difíceis de consertar , entre os usados e seminovos. Eles foram escolhidos especialmente para você que prefere ter o seu veículo lavado na garagem, e não de capô aberto na oficina.

1 - Mini Cooper S 2.0 2014 - entre R$ 83 mil e R$ 88 mil

Mino Cooper S é um ótimo esportivo, mas aparece entre os carros difíceis de consertar vendidos no Brasil
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Mino Cooper S é um ótimo esportivo, mas aparece entre os carros difíceis de consertar vendidos no Brasil

É bom mencionar logo no princípio que gostamos de todos os carros dessa lista. Ter a manutenção complicada não significa que o modelo seja ruim. O Mini Cooper S, por exemplo, é um dos nossos carros favoritos. Pequeno, ágil e carismático, tem todas as características que alguém que curte acelerar procura em um esportivo que mais parece um kart. Seu motor 2.0 entrega 192 cv de potência e bons 30,6 kgfm de torque.

O grande problema do Mini Cooper é a disposição do motor. Fica apertado num cofre pequeno abaixo do capô. E isso obriga a desmontar vários componentes na hora do conserto, o que encarece o custo de mão de obra. A mecânica é compartilhada com a BMW. Nos fóruns, proprietários dizem que o Mini dificilmente terá problemas graves se a manutenção preventiva for feita no tempo certo.

2 - Citroën C5 2.0 2003 - entre R$ 20 mil e R$ 25 mil

Citroën C5 aparece entre os carros difíceis de consertar como um dos mais luxuosos
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Citroën C5 aparece entre os carros difíceis de consertar como um dos mais luxuosos

A Citroën desencanou do C5 no Brasil. Em 2003, era um dos carros mais luxuosos de sua época, contando com acabamento macio revestindo painel e bancos, e detalhes em imitação de madeira. Mas assim como todos os modelos premium franceses do começo da década passada, sofre com a falta de peças no mercado. Ter que esperar bastante tempo para receber de fora um item qualquer já é motivo de boa dor de cabeça. 

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Sua suspensão hidroativa utilizava o padrão de esferas de nitrogênio. O sistema utiliza óleo para sustentar o carro e esferas de nitrogênio para garantir uma rodagem mais suave. O ajuste de altura, por sua vez, era feito por bomba hidráulica, proporcionando bastante conforto. Apesar de ser tecnológico e engenhoso até os dias de hoje, a mão de obra deste tipo de sistema é muito cara, assim como os seus componentes. Muitas vezes, esse tipo de reparo poderá ser feito apenas em oficinas especializadas.

3 - Alfa Romeo 156 2.0 2002 - entre R$ 30 mil e R$ 40 mil

Alfa Romeo 156 está eternizado no coração dos entusiastas, ainda que seja um entre os carros difíceis de consertar
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Alfa Romeo 156 está eternizado no coração dos entusiastas, ainda que seja um entre os carros difíceis de consertar

Bate uma saudade da época em que a marca do "cuore sportivo" era vendida por aqui. A Alfa Romeo encerrou suas operações em 2006, chegando a ensaiar um retorno em 2014. Isso não acontecerá tão cedo, já que a marca pretende se estabelecer nos Estados Unidos (com a dupla Giulia e Stelvio) antes de atacar novos mercados. O saudoso 156 é uma das melhores "lasanhas" - como apelidamos os carros legais que trazem muita dor de cabeça - que você pode comprar.

Este é outro modelo ao qual você ficará refém de oficinas especializadas. Dependendo do estado de conservação do motor, não será um serviço muito complicado, mas exigirá bastante conhecimento por parte do mecânico. Conforme um artigo publicado no site FlatOut! por um proprietário de 156, a retífica não sairá por menos de R$ 6 mil. Em sua versão convencional, o 156 era vendido com motor 2.0 de 155 cv e 19,1 kgfm de torque. Com câmbio manual, acelerava de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos, de acordo com informações da fabricante. 

4 - Peugeot 607 3.0 V6 2001 - R$ 20 mil

Peugeot 607 era elegante e potente, mas tinha motivos para aparecer na lista dos carros difíceis de consertar
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Peugeot 607 era elegante e potente, mas tinha motivos para aparecer na lista dos carros difíceis de consertar

O raro sedã 607 sofre com problemas de reposição de peça e mão de obra. A suspensão hidrativa é um dos motivos. Em uma breve pesquisa, apenas uma das quatro esferas de nitrogênio não sai por menos de R$ 450 no mercado de peças paralelas, já acopladas ao engenhoso sistema que não se dava bem com o piso mal conservado no Brasil. 

Outro fator complicado de lidar é o motor 3.0 V6. De fato era muito potente, entregando 210 cv a 6.000 rpm e 28,5 kgfm de torque a 3.750 rpm. Nos fóruns, proprietários apontam os preços absurdos cobrados por seus componentes. A sugestão é importar através do eBay para gastar um pouco menos, já que sua manutenção dificilmente será feita por um mecânico que não seja especialista em carros franceses.

5 - Fiat Marea 2.0 Turbo 2006/07 - entre R$ 20 mil e R$ 25 mil

Fiat Marea Turbo é polêmico, mas o sedã médio esportivo aparece sempre nas listas dos carros difíceis de consertar
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Fiat Marea Turbo é polêmico, mas o sedã médio esportivo aparece sempre nas listas dos carros difíceis de consertar

Este é, sem sombra de dúvida, o carro mais polêmico de nossa lista. Chega a ser delicado tocar no assunto “Marea Turbo” na internet, podendo despertar a fúria de quem ama e odeia o esportivo da Fiat. Fica aqui nossa ressalva para um verdadeiro devorador de asfalto que revolucionou a sua categoria, ainda que alguns erros da fabricante tenham atrapalhado sua história no mercado brasileiro durante a década passada. 

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Os primeiros Marea Turbo sugeriam que as trocas de óleo acontecessem a cada 20 mil quilômetros no manual. O erro foi corrigido posteriormente, mas uma série de motores foram condenados por conta do equívoco. O site Oficina Brasil, que informa tudo sobre os carros difíceis de consertar , diz que o Marea exige que a manutenção preventiva seja aplicada à risca. Um único deslize, e o motor poderá ser comprometido. Apesar de tudo, o motor 2.0, sobrealimentado, levava o Marea Turbo de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, com velocidade máxima de 220 km/h., conforme os números divulgados pela marca italiana, 

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