A depreciação é um fator que, querendo ou não, atinge qualquer automóvel novo que acaba de deixar a concessionária. De acordo com o levantamento feito pela Volanty, plataforma de compra e venda de veículos seminovos, todo carro perde em média 20% do valor total logo ao sair da loja pela primeira vez.

“Após o primeiro ano, essa taxa se estabiliza em 3 ou 4% a cada 12 meses dependendo da marca, e por isso, na hora de vender, quanto mais conservado o automóvel estiver, menor será a perda financeira para o consumidor.", explica Maurício Feldman, sócio-fundador da Volanty, sobre a depreciação de seminovos.

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Mas ainda é possível garantir um bom valor na hora de revender o seu carro com dicas simples. A Volanty elege os cinco principais tópicos responsáveis pela depreciação de seminovos , contando com algumas obviedades que poucos motoristas realmente se atentam. Acompanhe a lista

1 - Desgaste da pintura

A pintura é um dos principais fatores na depreciação de seminovos
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A pintura é um dos principais fatores na depreciação de seminovos

Um país grande como o Brasil tem diversos ecossistemas que afetam diretamente na conservação de um carro, principalmente nas regiões litorâneas. É preciso ficar atento com a qualidade da pintura do seu veículo, afinal, ela será a primeira coisa que o possível comprador colocará os olhos.

A dica de Feldman é que o proprietário aplique cera automotiva e, a cada doze meses, providencie a cristalização da pintura, que recupera a tonalidade original do carro. “Em caso de pequenos arranhões na lataria do veículo, o melhor é não consertá-lo”, diz o executivo. “É melhor mostrar ao comprador que se trata de um dano pequeno que tentar disfarçá-lo e despertar dúvidas.”

2 - Ruídos

Ruídos internos podem acarretar na depreciação de seminovos quando muito irritantes
Reprodução/Videoblocks
Ruídos internos podem acarretar na depreciação de seminovos quando muito irritantes

Nas mal conservadas ruas brasileiras costumam ficar um pouco melhores em ano de eleição, mas nós sabemos bem como as coisas funcionam por aqui. O asfalto de péssima qualidade das cidades, repleto de buracos e valas, podem causar mais que o desalinhamento das rodas e o desgaste excessivo dos pneus. Os barulhos internos também podem ser um problema.

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Feldman sugere que o proprietário fique atento aos barulhos que aparecem no veículo para que os devidos reparos sejam feitos. Durante o pequeno test-drive, o comprador em potencial poderá ficar aborrecido com sons estranhos no acabamento interno.

3 - Interior mal conservado

Um dos principais motivos da depreciação de seminovos é o interior mal cuidado
Divulgação
Um dos principais motivos da depreciação de seminovos é o interior mal cuidado

É normal que, na correria do dia a dia, deixemos a conservação de bancos e forrações de lado. De acordo com a Volanty, manchas de uso podem causar o aspecto de que o modelo é ainda mais rodado do que o odômetro marca. Anualmente, providencie a limpeza dos tecidos internos. Se os bancos forem de couro, vale a pena hidratar para evitar marcas de uso e possíveis rachaduras que costumam aparecer.

4 - Cheiro de cigarro

O cheiro do tabaco que fica impregnado nos bancos e no painel é um motivo da depreciação de seminovos
Reprodução/Caliber Collision
O cheiro do tabaco que fica impregnado nos bancos e no painel é um motivo da depreciação de seminovos

Muitas pessoas que estão acostumadas a fumar dentro do carro nem chegam a sentir o odor do tabaco, que é bastante predominante e penetra nas partes plásticas do painel e estofado dos bancos. É quase impossível disfarçar o cheiro de cigarro do habitáculo, pois um interior que esteja muito perfumado pode gerar suspeitas.

Cinzas que caem nos bancos também geram alguns furos no estofamento, aumentando mais ainda as evidências de que o motorista é fumante. Para evitar preocupações, a melhor coisa a se fazer é não fumar dentro do carro. A limpeza interna completa em uma loja especializada costuma resolver, mas você terá que desembolsar uma boa grana para isso.

5 - Customização excessiva

Rodas, tatuagens e pintura diferenciada podem acarretar na depreciação de seminovos
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Rodas, tatuagens e pintura diferenciada podem acarretar na depreciação de seminovos

É muito comum, principalmente entre os motoristas mais jovens, que rodas sejam trocadas por aros maiores e um bodykit que deixe o modelo ainda mais esportivo dê o ar da graça. Customizar um modelo para deixá-lo com a sua personalidade pode ser divertido, mas de acordo com a Volanty, poderá afastar clientes mais conservadores.

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Adesivos, rodas e modificações devem ser removidas para que o carro fique o mais original possível e reduza a depreciação de seminovos . Algumas mudanças, como um rádio que foi substituído por central multimídia, fogem à regra e não precisam ser trocadas.

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