Enfim, visitar concessionárias VW vai passar a ser uma experiência bem mais interessante do que se está acostumado. Por enquanto, são apenas 10 pontos que contam com realidade virtual no Brasil como parte de um projeto piloto, mas esse número deverá chegar a cerca de 100 até o final de 2019.
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Na capital paulista, de acordo Fabio Rabelo, gerente-executivo de Digitalização e Novos Modelos de Negócios da Volkswagen do Brasil, três das concessionárias VW que já contam o novo espaço digital são as seguintes: Caraigá, na Rua Colômbia; Brasilwagen, na Av. Hélio Peregrino e a Amazon, na Av. Radial Leste. E a partir do mês de abril o processo de implementação do novo modelo seguirá em ritmo acelerado, inclusive em outros países da América Latina.
Todas essas concessionárias passam a ter um espaço com uma série de recursos que permitem não apenas customizar o carro escolhido como ter a sensação de estar dentro dele com ajuda e óculos de realidade virtual . Além disso, as lojas passarão a ser mais flexíveis, enxutas (a partir de 90 m², ante 300 m² anteriormente) e com espaços de convivência.
Outra mudança importante é que, em tótens com tablet, clientes e vendedores poderão pesquisar todos os detalhes e diferenciais dos veículos, condições de compra e financiamento no aplicativo. E como o custo de implantação de uma concessionária será menor, poderá ser possível haver pontos em mais nobres e altamente valorizadas. Os novos concessionários também poderão escolher se a loja será exclusiva para vendas de veículos, oficina de reparos,ou se agregará todos os serviços.
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A humanização também estará presente nas concessionárias VW, que terão espaços de convivência com sofás, mesas em estilo bistrô e bancadas onde o cliente poderá conversar, carregar seu celular e usar o notebook (com inspiração no estilo coworking) enquanto aguarda por um serviço.
Novos paradigmas para concessionárias VW e outras
As mudanças que começam a acontecer nas concessionárias agora já foram previstas e analisadas pelo colunista de iG Carros, Glauco Lucena, do site AutoBuzz , desde março de 2017. Entre outros aspectos, ele chegou a dizer que se já é complicado seduzir consumidores mais maduros, o que dizer das novas gerações, acostumadas ao mundo digital, à agilidade das decisões, ao dinâmico mundo que cabe na tela de um celular? Essa rapaziada, que já não tem o fascínio pelo automóvel que se tinha antigamente, só vai se dispor a visitar uma loja de carros se a experiência for muito mais atrativa do que é hoje.
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Tudo precisa ser revisto. Não faltam bons exemplos a serem seguidos no mundo. A Tesla, fabricante americana de carros elétricos, prefere vender seus carros em lojas próprias, muitas delas em shoppings ou centros comerciais. As lojas da Tesla mais parecem butiques, onde se vende mais que um carro: vende-se todo um conceito tecnológico, uma nova filosofia de mobilidade.
Quebras de paradigmas precisam ser a regra. Por que não vender carros em lojas franqueadas? Por que não copiar a maioria das marcas alemãs, que entregam carros numa visita opcional à fábrica, com hora marcada, e com direito a um test-drive em pistas fechadas, com instrutor a bordo? As concessionárias VW estão entre os exemplos a serem seguidos daqui para frente.