A Abeifa (Associação Brasileira das Importadoras e Fabricantes de Veículos) revela o balanço 2018 e as expectativas para o ano que se inicia. O setor fechou o ano passado com 37.582 unidades emplacadas, ante uma projeção conservadora de 40 mil veículos importados. Para os associados, o resultado 6% abaixo da previsão inicial é um reflexo da taxa cambial.
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“Iniciamos 2018 com números bem conservadores e infelizmente terminamos abaixo”, lamenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa e da Kia Motors do Brasil. “Com o fim do Inovar-Auto e os 30 pontos percentuais adicionais no IPI, imaginávamos obter uma recuperação mais sólida. Com a alta do dólar, a taxa cambial ficou desfavorável para quem trabalha com veículos importados”. O executivo também relaciona os números do balanço 2018 à greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo e a instabilidade política por conta da imprevisibilidade das eleições.
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Dezembro foi um ano positivo para as importadoras. Foram 3.389 unidades contra 3.324 emplacamentos em 2017. Se compararmos com o mês anterior, a alta é de 15% com apenas 2.947 emplacamentos em novembro de 2018. As associadas que também conduzem produções nacionais (BMW, Land Rover, Suzuki e Caoa Chery ), que tiveram alta de 29% nos emplacamentos, totalizando 18.372 unidades.
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Balanço 2018 por marca
A marca com maior participação em 2018 foi a Kia , com 19,1% de participação. A BMW ficou na casa dos 18,5%, com a segunda maior fatia do setor. A Chery assegurou 14,1%, enquanto a Volvo, a marca premium que mais cresceu no último ano, fica com a quarta maior participação em 11,2%. Por fim, a Land Rover encerra o top 5 com exatos 11%.
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Em 2019, de acordo com Gandini, os associados da Abeifa estimam emplacar ousadas 50 mil unidades, com um crescimento de 33% sobre 2018. De acordo com o executivo, o número elevado fica por conta da Caoa Chery, que pretende vender cerca de 40 mil carros em 2019. Vale lembrar que a marca conta com duas fábricas e uma nova linha de produtos. Até o fim do ano, serão mais 40 concessionárias espalhadas por todo o Brasil.
Antes do balanço 2018 , o melhor resultado da Abeifa aconteceu em 2011, quando acumularam 199.422 emplacamentos. De lá para cá, o número foi caindo progressivamente para 92.685 em 2014, 35.852 em 2016 e 29.751 em 2017, o pior resultado da história.