Uma das poucas 217 unidades do Alfa Romeo Giulietta SZ, de 1962, foi encontrada em um sótão, em Turin (Itália), onde passou os seus últimos 35 anos guardado. Na belíssima cor Blu Chiaro Metallizato , o clássico era pertencente a um mecânico que não conseguia tirá-lo de lá, devido a um elevador quebrado, segundo a página de Facebook do Alfa Romeo Giulia & 105-series. Com a morte do dono, foi leiloado pelo governo italiano, com valor arrematado em R$ 2,4 milhões, numa conversão direta.
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Alfa Romeo Giulietta SZ (ou Sprint Zagato) é a versão de alto desempenho do modelo que é um dos mais icônicos da marca. Traz carroceria e chassi em alumínio, produzidos à mão, com acrílico no lugar dos vidros e interior sem muitos luxos. Pesando apenas 785 kg, tinha dinâmica invejável, e com o seu motor 1.3 de 100 cv, podia chegar aos 200 km/h. Não à toa que desbancou rivais bem maiores em provas como as 24 Horas de Le Mans, a Targa Florio e inúmeras etapas em Nürburgring.
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Outro Alfa Romeo, ainda mais raro
Se o Giulietta SZ é raro e exclusivo, é porque você ainda não viu este aqui: o 8C 2900 B . Este que é um dos 50 exemplares produzidos, além de ser um dos 5 montados pela Carrozzeria Touring (com poucos sobreviventes, após a Segunda Guerra Mundial), está em perfeito estado de conservação e nunca foi restaurado. Em posse da mesma família há 40 anos, tamanho é o seu pedigree que poderá ser arrematado por mais de R$ 75 milhões no leilão de Pebble Beach, no mês que vem.
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Trata-se de um dos carros pré-guerra mais rápidos. Em 1938, na Mille Miglia, o piloto da Scuderia Ferrari, Carlo Pintacuda, atingiu os 210 km/h, enquanto a maioria nem era capaz de ultrapassar os 100 km/h. Isso tudo se deve graças ao seu motor V8 de 2,9 litros, com compressor mecânico, e um sistema de suspensão projetado pela Porsche que garantia estabilidade de sobra.
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A Alfa Romeo tem exatos 107 anos de história. Durante todo esse tempo, escreveu sua trajetória com modelos inconfundíveis, como ambos os clássicos e inúmeros outros, se estendendo até os modelos dos dias de hoje. No Brasil, infelizmente a marca italiana foi mal gerida, e esse fator, somado ao preço elevado, fez com que a Alfa nunca tivesse o prestígio merecido em nosso mercado, deixando assim modelos e entusiastas órfãos da marca milanesa.