A Volkswagen suspenderá a produção da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) entre os dias 24 de junho e 13 de julho por conta da crise no mercado argentino. As férias coletivas deverão envolver mais de 6 mil colaboradores que trabalham nas linhas de Polo, Virtus e Saveiro.
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O mercado automotivo argentino caiu mais de 50% nos primeiros quatro meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Cerca de 60% do volume de produtos para exportação da Volkswagen do Brasil tem o país vizinho como destino.
Apesar das férias coletivas em São Bernardo do Campo, as fábricas de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) - onde também são feitos Gol, Voyage, Up!, Fox, Golf e T-Cross - continuam operando normalmente.
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Crise na Argentina
Apesar da evolução do volume de vendas no Brasil, as fabricantes sofrem com a crise econômica no país vizinho. De acordo com a Anfavea, as exportações para a Argentina caíram 45% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2018. Para o presidente da Associação, Luiz Carlos Moraes, este será o grande desafio da indústria brasileira em 2019.
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Desde o começo de 2019, várias fabricantes encerraram ou suspenderam as operações de suas fábricas na Argentina. Ainda em fevereiro, por conta da queda abrupta do mercado, a Mercedes-Benz encerrou a produção do utilitário Vito, em Buenos Aires. Dois meses depois, a produção de sua picape média Classe X foi cancelada na fábrica da Nissan, em Cordoba. Ela corresponderia a 60% do volume do complexo.
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Em março, a província de Córdoba sofreu com o fechamento de uma fábrica de transmissões, que equipavam o Fiat Cronos e alguns modelos de Peugeot e Citroën. Por fim, no sábado, o último Ford Focus saiu da linha de produção de Pacheco, sob protestos dos colaboradores ao presidente argentino. “Obrigado, Macri! 520 companheiros foram despedidos”, dizia o cartaz de um dos funcionários na foto publicada pelo Argentina Autoblog.