Dirigir picapes médias flex é como entrar em uma piscina rasa de boia. Transmitem a robustez da construção sobre chassi, mas sem o torque bruto dos motores a diesel. Se você curte um estilo parrudo, a Toyota Hilux SR AT custa R$ 117.990, menos que o Jeep Compass Longitude 2.0 Flex (R$ 127.990) e a Chevrolet S10 2.5 LT (R$ 121.340) – e quase o mesmo que uma picape menor, como a Fiat Toro Freedom 2.4 Flex AT9 (R$ 119.990).
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A linha 2019 da Toyota Hilux passou a exibir novo para-choque e uma grade hexagonal semelhante à da Tundra; e a configuração SR estreou as luzes diurnas. Nessa versão, no entanto, os bancos são de tecido, só o vidro do motorista é “um toque” e a central multimídia continua a desagradar pelas respostas demoradas e interface nada intuitiva. E, diferentemente da rival da Chevrolet, a capota marítima não é de série.
Números e impressões
Com mais de 5 m de comprimento, é preciso atenção nas mudanças de faixas e balizas. Sob o capô, o 2.7 flex possui 95 mm de diâmetro de cilindro e curso dos pistões – é um motor “quadrado” que equilibra bem torque e potência. Embora ofereça até 163 cv e 25 kgfm, fica para trás em relação ao da S10 2.5 (206 cv e 27,3 kgm). A Hilux SR não faz feio nas acelerações, mas sofre nas retomadas – quando é melhor optar pelas trocas manuais do câmbio automático, que atua suavemente.
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O conjunto agrada a quem não faz questão de desempenho e não liga para gastar combustível. Com gasolina, marcou consumo urbano de 10 km/l sem trânsito, 7,2 km/l em congestionamentos leves e 5,6 km/l com tráfego intenso – isso no modo Eco. Além dele, estão disponíveis o padrão e o Power, que privilegia um comportamento mais ágil e bruto.
A tração é 4×2 e não estão disponíveis os controles de tração e estabilidade. As suspensões com eixo rígido na traseira são robustas para encarar buracos e valetas, mas o “pula-pula” é inevitável – o controle de carroceria da Hilux é pior que o da Chevrolet S10 . Outro ponto negativo está na direção hidráulica, pesada e pouco comunicativa (a da S10 é elétrica).
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No fim, essa Toyota Hilux Flex segue uma opção para o uso principalmente urbano. É para quem quer andar lá no alto, mas não precisa necessariamente levar peso na caçamba nem usar a tração 4×4 – e está disposto a gastar bastante com combustível.
Ficha técnica:
Toyota Hilux SR 2.7 4×2 AT
Preço básico:
R$ 117.990
Carro avaliado:
R$ 119.640
Motor:
quatro cilindros em linha, 2.7, 16V, duplo comando variável
Cilindrada:
2694 cm³
Combustível:
flex
Potência:
159 cv (g) e 163 cv a 5.000 rpm (e)
Torque:
25 kgfm (g) e 25 kgfm (e) a 1.400 rpm
Câmbio:
automático sequencial, seis marchas
Direção:
hidráulica
Suspensões:
braços sobrepostos (d) e eixo rígido com molas semielípticas (t)
Freios:
discos ventilados (d) e tambor (t)
Tração:
traseira
Dimensões:
5,315 m (c), 1,855 m (l), 1,815 m (a)
Entre-eixos:
3,085 m
Pneus:
265/65 R17
Caçamba:
1.036 litros (830 kg de capacidade)
Tanque:
80 litros
Peso:
1.850 kg
0-100 km/h:
15s
Vel. máxima:
165 km/hh
Consumo cidade:
6,9 km/l (g) e 4,8 km/l (e)
Consumo estrada:
8,1 km/l (g) e 5,6 km/l (e)
Emissão de CO²:
186 g/km
Nota do Inmetro:
D
Classificação na categoria:
D (Picape)