Após sair de linha no Brasil, o descolado Fiat 500 acaba de ter o mesmo fim nos EUA. Por lá, o carro era vendido em uma configuração mais moderna, uma vez que sua proposta visava cativar o mesmo público da Mini antes mesmo do surgimento da FCA, a responsável pelo retorno da Fiat por lá. Entretanto, as vendas somadas das versões hatch, cabrio e Abarth não atingiram as metas mínimas. Por outro lado, os maiores 500, que são o X e o L, além do esportivo 124 Spider, estão à salvo e seguirão na planta de Toluca (México).
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O mercado norte-americano vendeu 9.847.602 carros no primeiro semestre de 2019, segundo o Focus2Move. E destes, a Fiat emplacou apenas 5.942 carros. Até mesmo a Maserati, uma marca com menos concessionárias e carros mais caros, conseguiu mais compradores nos EUA que a marca líder da FCA. Se os Fiat 500 já não sustentavam as metas, continuar no mercado significaria apenas uma queda ainda maior.
Fiat Brasil vs EUA
Comparando com o mercado brasileiro, segundo a Fenabrave, 1.481.119 carros novos foram vendidos até o final do primeiro semestre do ano. Sozinha, a Fiat por aqui contribuiu com 32.459 unidades. Um dado curioso é que o Fiat Argo sozinho vendeu mais em um mês no Brasil que toda a Fiat nos EUA em seis meses, mesmo em um mercado 6,5 vezes menor.
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O maior diferencial do Fiat 500 americano em relação ao que se encontra nos classificados por aqui é o motor MultiAir — ausente em todos os modelos brasileiros até hoje. O subcompacto foi vendido na maior parte do tempo com o Fire Evo do Uno, com o objetivo de reduzir custos de produção do hatch compacto .
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O MultiAir é um sistema eletro-hidráulico de acionamento das válvulas, que permite um controle dinâmico e direto do ar admitido pelo motor, gerindo também indiretamente a combustão. Tudo isso é realizado eletronicamente. Isso reduz emissões e consumo de combustível, aumenta a potência máxima e o torque, além de melhorar a resposta dinâmica — que em um carro leve como o Fiat 500 (pouco mais de 1000 kg), a diferença fica ainda maior.