Os dois últimos meses foram turbulentos para quem buscava um sedã médio. Honda Civic e Chevrolet Cruze foram renovados, ganhando novos equipamentos, versões e alguns tapinhas no visual na linha 2020. Isso aconteceu em função do lançamento da nova geração do Toyota Corolla, que também conta com uma versão híbrida pelo mesmo preço do modelo apenas a combustão.

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Neste cenário, é fácil dizer que o Corolla é o melhor sedã de sua categoria. Ele continua vendendo mais que todos os rivais somados e chega com muito fôlego para a disputa em 2019. Mas depois que andamos em todos os modelos, percebemos que os atributos do Cruze estão mais ao gosto da nossa redação.

Após colocarmos todas as divergências entre eles na ponta do lápis (e recomendamos que você faça o mesmo antes de comprar um carro), decidimos trazer Chevrolet Cruze e T oyota Corolla para a série “Desacato a Autoridade”. Afinal, por que o Cruze pode ser uma escolha mais racional que o Corolla?

1 - Para uma geração mais conectada

A central multimídia do Cruze chega a ser melhor que alguns modelos premium. A Toyota melhorou, mas não é o ideal
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A central multimídia do Cruze chega a ser melhor que alguns modelos premium. A Toyota melhorou, mas não é o ideal

Um estudo publicado pelo Statista aponta que o tempo médio de uso do smartphone mais do que dobrou nos últimos quatro anos no Brasil. Bom ou ruim, muitas pessoas já consideram o recurso wi-fi nos automóveis - e o Cruze é o único da categoria com esse tipo de conectividade.

O motorista que for flagrado com celular ao volante terá que pagar R$130,17 (além de arcar com quatro pontos na CNH), mas mesmo enquanto estava dirigindo o Cruze, me beneficiei do wi-fi para escutar algumas entrevistas que não estão disponíveis nas plataformas de streaming pelo YouTube. Além disso, não precisei gastar dados pessoais para atender chamadas via internet no Whatsapp ou usar apps de navegação como Google Maps e Waze.

2 - Maior autonomia

Apesar dos números de consumo parecidos, o Cruze tem mais autonomia que o Toyota Corolla
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Apesar dos números de consumo parecidos, o Cruze tem mais autonomia que o Toyota Corolla

O Cruze com motor 1.4 também tem mais autonomia que o Corolla 2.0 Dynamic Force. De acordo com o Inmetro, o modelo da GM pode marcar 7,6 km/l na cidade e 9,4 km/l na estrada com etanol, além de bons 11,1 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina. Com combustível fóssil, a autonomia rodoviária do Cruze é de 722 km.

O consumo do Corolla é melhor, marcando 8 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada com etanol, além de 11,6 km/l e 13,9 km/l, respectivamente, com gasolina. Mas por conta da capacidade um pouco menor do tanque de combustível (50 litros, ante 52 l do Cruze), a autonomia acaba caindo para 695 km.

3 - O desempenho é semelhante, mas o Cruze é mais ágil

O Cruze disponibiliza o torque cheio em rotações mais baixas, garantindo agilidade na cidade
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O Cruze disponibiliza o torque cheio em rotações mais baixas, garantindo agilidade na cidade

Neste tópico, podemos nos aprofundar na mecânica de ambos. O Cruze tem o conhecido 1.4 turbinado de 153 cv de potência a 5.200 rpm e 24,4 kgfm de torque a 2.000 rpm, sempre com câmbio automático de seis velocidades. O grande pecado do modelo é não contar com aletas para trocas de marcha atrás do volante. De acordo com a Chevrolet , o modelo pode atingir 100 km/h em apenas 9 segundos.

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O 2.0 Dynamic Force do Corolla, por sua vez, desenvolve 177 cv de potência a 6.600 rpm e 21,4 kgfm de torque a 4.400 rpm, sempre com transmissão do tipo CVT capaz de simular dez velocidades - com aletas para trocas sequenciais. Pisando fundo, pode acelerar até 100 km/h em 9,2 segundos. Ou seja, o desempenho de ambos é bem aproximado.

O que faz a balança pender para o lado da Chevrolet é o torque, que além de ser maior que o do Corolla, é entregue por completo a 2.000 rpm. Isso significa o Cruze é mais ágil em baixas rotações, com maior entrega de torque nos trajetos em que precisa sair da inércia - ou seja, o meio urbano.

Sabemos que o Corolla poderia ser mais ágil, mas a Toyota optou por um conjunto focado na eficiência. O ciclo Atkinson do motor 2.0 deixa as válvulas de admissão abertas por mais tempo, acarretando na redução da pressão na câmara de combustão. Neste caso, a economia de combustível melhora, mas o torque acaba sendo afetado.

4 - A segurança do OnStar

O OnStar funciona como sistema de assistência pessoal e segurança, ajudando a recuperar o carro em caso de roubo
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O OnStar funciona como sistema de assistência pessoal e segurança, ajudando a recuperar o carro em caso de roubo

Um dos tópicos mais legais dos carros novos da Chevrolet é o sistema de assistência pessoal e segurança Onstar. Trata-se de uma interface acionada por um botão no retrovisor, colocando o motorista em contato com um profissional via telefone. Se você estiver procurando algo específico pela cidade, basta perguntar ao operador para receber sugestões.

Nosso editor tem uma história interessante com o recurso. Como seu filho caçula é alérgico a glúten, decidiu perguntar para o operador do OnStar se havia algum restaurante nas intermediações com essa restrição.

Além disso, o OnStar também serve para o rastreamento do veículo em tempo real - perfeito para casos de roubo, furto e sequestro. A Chevrolet espera que, com a popularização do sistema, os preços do seguro dos veículos sejam reduzidos.

5 - Mais barato

O Chevrolet Cruze é R$ 2,2 mil mais barato que o Toyota Corolla. A grana pode aliviar outras despesas do modelo
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O Chevrolet Cruze é R$ 2,2 mil mais barato que o Toyota Corolla. A grana pode aliviar outras despesas do modelo

O Cruze Premier custa R$ 122.790 na versão sedã, enquanto o Corolla 2.0 Altis parte de R$ 124.990. Portanto, uma diferença de R$ 2,2 mil que pode ajudar nas despesas do seguro.

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O confronto entre Cruze e Corolla é acirrado, e pode ser decidido nos detalhes. Vale lembrar que a garantia do modelo japonês é de cinco anos, enquanto o sedã da GM fica com apenas três.

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