Pelo mesmo preço, é melhor comprar um carro zero quilômetro ou apostar em um modelo seminovo de categoria superior? Para resolver este impasse, a reportagem do iG Carros criou a nova coluna semanal ‘Vitrine’, onde colocaremos dois modelos de mesma marca frente a frente para bater o martelo sobre qual é melhor.
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Na última semana, comparamos Corolla e Yaris Sedan, onde cravamos que o modelo médio é uma compra mais assertiva. Hoje, trouxemos os dois maiores rivais dos modelos da Toyota. Afinal, é melhor comprar um Civic 2.0 EXL CVT 2017 (R$ 88.100) ou um um City 1.5 EXL CVT zero quilômetro (R$ 86.900)?
Conforto e segurança
O Civic tem 4,63 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 2,70 m de entre-eixos, com porta-malas de 519 litros. No caso do City, são 4,44 metros de comprimento (- 19 cm), 1,69 (- 10 cm) m de largura e 2,60 m de entre-eixos (-10 cm). Apesar de ser menor em todas as proporções, o porta-malas do City é um verdadeiro latifúndio de 536 litros, ganhando do Civic por 17 litros.
Ambos têm airbags frontais, laterais e de cortina, cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes e faróis em LED. O grande pênalti do City é não contar com controles de estabilidade e tração, nada bom para um carro que encosta nos R$ 90 mil.
Em acréscimo, o Civic também tem assistente de partida em rampa, alerta de ponto cego e sensores de estacionamento, itens inexistentes no City (que tem apenas câmera de ré).
Equipamentos
Os dois sedãs contam com ar-condicionado automático (de duas zonas no Civic), direção assistida e controle automático de velocidade. Entre os itens exclusivos do Civic, há retrovisores interno fotocrômico, banco do motorista com ajuste elétrico, faróis com acendimento automático, e freio de estacionamento elétrico.
O Civic ainda tem um display central 100% digital para mostrar o velocímetro, informações do computador de bordo e funções de mídia. O City também tem, mas é uma tela bem mais rudimentar que ainda remete à década passada. Logo, mais um ponto para o sedã médio. Ambos têm função de espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto.
Dirigibilidade
A disparidade entre os modelos continua na parte mecânica. O City tem motor 1.5 aspirado de 116 cv de potência e 15,3 kgfm de torque, com transmissão CVT capaz de simular sete marchas. Apesar de contar com aletas atrás do volante para trocas de marcha mais esportivas, seu desempenho nem se compara com o do Civic 2.0, também aspirado. De acordo com a Honda, o City pode atingir 100 km/h em 11,3 segundos.
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No caso do sedã médio, são 155 cv de potência e 19,5 kgfm de torque, capazes de fazer o modelo acelerar de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos. Na parte de consumo, o City se mostra mais eficiente, marcando 12,3 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada com gasolina e 8,5 km/l na cidade e 10,3 km/l na estrada, com etanol. O Civic, por sua vez, pode aferir 10,6 km/l na cidade e 10,6 km/l na estrada com gasolina, e 7,2 km/l na cidade e 8,9 km/l na estrada. Os dados são do Inmetro.
IPVA
Considerando o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores de 4% para Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (os mais caros do Brasil), o proprietário terá que pagar R$ 3.432 pelo City e R$ 3.399 pelo Civic, sendo este último 1% mais em conta.
Seguro
De acordo com um levantamento da corretora Meu Seguro Auto, a cotação para Honda City é de R$ 2.574 para um paulistano na faixa dos 30 anos, casado e com filhos pequenos. Pelo perfil de compra, o seguro do Civic sempre foi bem mais baixo na comparação com os outros sedãs da categoria. Conforme a corretora, o proprietário terá que desembolsar R$ 3.841 pela cobertura completa.
O City EXL tem depreciação na casa de 8,5% no primeiro ano. Com boa procura no mercado de usados, o Civic EXL perde apenas 2,88% de seu valor após um ano, assegurando bom valor de revenda,
Conclusão
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Ao fim do comparativo, fica claro que o Honda Civic continua sendo uma compra muito mais racional que o City, ainda que seja mais caro de manter. Além de ser mais equipado, conta com controle de estabilidade e tração, item que, infelizmente, o City trará apenas na próxima geração, que chegará ao Brasil entre o fim do ano e o início de 2021. O sedã compacto mostra que já está saturado, e precisa evoluir rápido para não ficar defasado na comparação com os rivais.