Um dia após a indicação de Luca de Meo como o novo CEO do Grupo Renault-Nissan-Mitsubishi, o maior conglomerado automotivo do mundo anuncia seus planos para o futuro. Em um comunicado oficial assinado pelas três fabricantes, a aliança reforça que a união será a chave para melhorar a competitividade da joint-venture.
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Após polêmicas que desgastaram o relacionamento entre as fabricantes - causando a polarização entre Renault e Nissan - o novo acordo ratificado no último dia 30 de janeiro em Yokohama (Japão) pretende “capitalizar” as forças individuais de cada marca.
“Estamos reforçando nossa colaboração mútua para aprimorar a competitividade e assegurar a liderança em mais países, com novos produtos e tecnologias”, diz a declaração. Dessa forma, cada fabricante terá um mercado principal para atuar: a Nissan vai focar na China, a Renault na Europa e a Mitsubishi no Sudeste Asiático.
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As fabricantes vão continuar compartilhando tecnologias, plataformas e motorizações que forem desenvolvidas em conjunto. A Renault, por sua vez, deverá emprestar a base da van Trafic europeia para a Mitsubishi criar a sua própria, com foco na Malásia, Tailândia e outros países do sul da Ásia. A nova estratégia da joint-venture deverá entrar em execução plena a partir de maio.
Tensões
A declaração oficial da nova estratégia apaga o incêndio que indicava desconforto entre as fabricantes. Em dezembro de 2019, o site britânico Financial Times apontou que a Nissan teria um plano secreto para se separar da Renault. A reportagem ainda apontou que a relação entre as fabricantes se desgastou após os escândalos envolvendo o ex-presidente Carlos Ghosn.
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Fontes internas consultadas pelo jornal afirmaram que a parceria entre Renault e Nissan é tóxica, constatando também que a marca francesa prejudica o grupo japonês - composto por Datsun e Infiniti. No dia seguinte à publicação do material, a Nissan emitiu um comunicado para reiterar que sua parceria com a Renault segue inabalável.