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Jeep F75 chegou a ser fabricada no Brasil, onde a marca terá a nova Gladiator, até o final deste ano
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Jeep F75 chegou a ser fabricada no Brasil, onde a marca terá a nova Gladiator, até o final deste ano


A história da picape brasileira começa em 1952, quando a americana Willys abre a Willys-Overland do Brasil, para realizar a montagem do Jeep no País. Nos anos seguintes, junto da nacionalização de componentes, a empresa começa a lançar novos produtos (como a Rural, a versão local do Jeep Station Wagon) e a fazer modificações locais.

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Em 1960, a filial brasileira da Willys lança uma reestilização da Rural, encomendada ao americano Brooks Stevens, e aproveita o mesmo desenho básico para lançar a Pick-Up Jeep, que combinava o chassi do Jeep Pickup americano com uma carroceria exclusiva para o Brasil. O motor era um 2.6 de seis cilindros e 90 cv e havia a opção da tração traseira ou 4×4, a primeira disponível em uma picape brasileira.

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A picape seguiu as atualizações do utilitário Rural e, nos anos seguintes, ganhou itens como o sistema elétrico de 12V, suspensão dianteira independente na versão 4×2 e um câmbio manual de quatro marchas. A primeira mudança na motorização veio em 1968, com a opção do motor 3.0 de seis cilindros e 132 cv empregado no luxuoso sedã Itamaraty.

Em 1970, a picape muda de nome e começa a ser vendida com o nome de Ford F-75, reflexo da aquisição pela Ford, três anos antes, da Willys-Overland do Brasil. Sem mudanças na carroceria (que permaneceu inalterada até o fim da produção), a picape passa a trazer apenas o nome “Ford” no lugar de “Jeep” estampado na tampa da caçamba.

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Junto do Jeep CJ-5 e da Rural, a picape passa a sair de fábrica em 1975 com um novo motor 2.3 de quatro cilindros, que desenvolvia 91 cv e era empregado também no Ford Maverick. Esta foi a última grande novidade do modelo, que deixou de ser produzido em 1982 e foi um dos últimos de origem Jeep fabricado no Brasil até o lançamento do Renegade, em 2015.

Versões militares

O lançamento da Pick-Up Jeep despertou o interesse dos militares brasileiros, interessados em substituir os Dodge WC usados desde a Segunda Guerra Mundial. Com chassi reforçado e modificações mecânicas e na carroceria, a picape ganhou o nome oficial de Camioneta Militar Jeep Willys 3/4 ton (que posteriormente passaria a ser Camioneta Militar 3/4 ton 4×4 Ford F-85) e foi usado como veículo de carga e ambulância, além de algumas unidades terem sido adaptadas para levar metralhadoras ou até lança-foguetes.

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Uma curiosidade é que a picape foi o primeiro veículo militar exportado pelo Brasil, quando 150 unidades do modelo foram entregues ao exército português para uso nas colônias africanas.

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