Não são apenas os modelos médios e grandes, na maioria das vezes, importados, que podem acabar ficando caros quando o assunto é manutenção. Existem alguns compactos que também devem ser evitados para não correr o risco ter prejuízo com altos custos na hora de sair da oficina por causa de itens específicos incluídos em algumas versões que tiveram produção relativamenre baixa.
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Os 5 hatches compactos usados da lista a seguir não custam muito hoje em dia, mas podem ficar caros na hora do conserto. São modelos fabricados no Brasil, mas alguns deles com compontes importados, ou difíceis se ser encontrados em modelos da categoria. Como é o caso das velas de irídio do Fiat Punto T-Jet.
1 - Fiat Punto T-Jet
O hatch esportivo da marca italiana tem uma série de itens sofisticados para um compacto. Já começa pelo motor 1.4 turbo, importado da Itália, com velas de irídio, que custam mais que o dobro das convencionais. Um jogo original pode passar dos R$ 300. Além disso, vem com turbina refrigerada a água, com pressão que varia entre 0,8 e 1,2 bar, controlada pela central de injeção eletrônica.
Apesar de eficiente, com 152 cv, o motor 1.4 turbo do hatch esportivo é complexo demais para um carro que atualmente tem preço que varia de R$ 30 mil a R$ 50 mil, dependendo do estado de conservação e do ano de fabricação, entre 2009 e 2016. Outro item que o T-Jet tem que pode dar margem a apresentar defeitos caros é o seletor DNA, que muda ajustes como o tempo de resposta do acelerador e a assistência da direção.
2 - Ford Fiesta Powershift
A Ford chegou a oferecer o Fiesta com motor 1.6 e câmbio automatizado, de dupla embreagem, conhecido como Powershift , que apresentou uma série de defeitos como trepidações excessivas, ruídos e até superaquecimento. Donos do carro chegaram a relatar problemas como perda de força em aclives, travamento das marchas e desgaste prematuro da embreagem. Mas, apesar de certa demora, a fabricante acabou fazendo um recall, no início de 2016.
Um dos itens que foram alterados para resolver o problema foi o material dos discos da embreagem, que acabou com a tendência de patinar, gerando mais calor, vibração, entre outros problemas. O Fiesta Powershit pode ser encontrado por entre R$ 38 mil e R$ 52 mil. Quem se interessar pelo modelo, vale verificar se o carro passou pelo recall para não ter problemas, já que o conserto não sai por menos de R$ 10 mil.
3 - Renault Sandero Easy-R
Não é à toa que a era dos câmbios automátizados no Brasil está quase no fim. A solução mais econômica para andar por aí sem ter que trocar de marcha acabou não agradando a maoiria, com problemas como trancos entre as trocas, ruídos, entre outros. E o sistema da marca francesa não foi exceção. Portanto, saiu de linha, em março do ano passado.
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No lugar do Easy R entrou o câmbio CVT, bem mais eficiente. No caso do Sandero automatizado, os preços variam entre R$ 32 mil e R$ 42 mil no mercado de seminovos. Mas é melhor optar pelas versões com câmbio manual, disponíveis tanto com motor 1.0 quanto com 1.6.
4 -VW Gol 1.0 Turbo
É verdade que faz um bom tempo que essa versão do hatch da marca alemã, no início dos anos 2000. Na época foi um marco, já que ainda não existiam modelos de baixa cilindrada sobrealimentados. O sistema com certo grau de sofisticação, como comandos de válvulas com variadores de fase. Com o tempo, são itens que dão margem para apresentar defeitos que podem pesar bastante no bolso.
Hoje em dia é difícil encontrar modelos 100% originais no mercado de usados e os preços variam entre R$ 12 mil e R$ 22 mil, o que vai depender o estado geral do carro. Encontrar um que esteja em boas condições é muito difícil. Além disso, vale lembrar que a perua Parati também teve o mesmo conjunto mecânico.
5 - Chevrolet Celta 1.0 VHC
O hatch da GM tem vários relatos em fóruns na internet de donos que tiveram problemas com a correia dentada. A sigla VHC vem do inglês (Very High Compression) e foi adotada porque o motor tinha taxa de compressão mais alta que o convencional (12,6:1). Teoricamente, isso contribui com o desempenho e a redução de consumo, mas foi preciso incluir itens como anéis de vedação diferenciados.
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De qualquer forma, o rendimento do VHC não é dos melhores porque o torque máximo de 9,7 kgfm aparece em altos 5.200 rpm e o câmbio de cinco marchas tem curso bastante longo e não ajuda manter o motor nesse nível de rotação, que contribui com o aumento dos níveis de vibrações, entre outras dores de cabeça, assim como outros hatches compactos do mercado.