O Volkswagen Santana foi lançado no mercado brasileiro em 1984. Variação local do Passat europeu de segunda geração (1981-1988), o modelo não substituía o Passat pioneiro, sendo posicionado numa faixa superior do mercado para disputar a clientela de modelos como o Ford Del Rey e Chevrolet Opala .
Produzido nas versões sedã e também na variação perua Quantum, o Santana manteve o seu posto de modelo mais caro da Volkswagen no Brasil até o final da primeira metade dos anos 1990, quando a marca começou a trazer da Alemanha o Passat de 4ª geração. Mesmo assim, seguiu em produção por mais uma década e saiu de cena só em 2006, tendo passado por três reestilizações.
Descontinuado por aqui, o Volkswagen Santana original seguiu vivo na China até 2012, quando a montadora alemã resolveu criar um novo sedã aproveitando o mesmo nome. Confira a seguir algumas versões do Santana que não tivemos por aqui.
1 - "Nissan" Santana
Em 1984, a japonesa Nissan fechou um acordo com a Volkswagen para a produção no Japão do Passat de 2ª geração, modelo que por lá também ganhou o nome de Santana. Os carros chegavam importados da Alemanha em kits CKD e eram apenas montados pelos japoneses, que preservavam inclusive os emblemas da montadora com sede em Wolfsburg.
Mesmo assim, tinham uma configuração mecânica bem distinta dos Passat e Santana oferecidos pela Volkswagen no restante do planeta. A versão topo de linha era a 2000 Xi5 Autobahn DOHC, que trazia um motor 2.0 de cinco cilindros e 20V, que desenvolvia 140 cv. A produção local seguiu até 1989, quando a Nissan optou por importar o Passat de 3ª geração diretamente da Alemanha.
2 - Quantum 4x4
Na Europa, a perua Santana Quantum era vendida com o nome de Passat Variant . E tinha uma opção Syncro, lançada em 1984 e equipada com tração 4x4 permanente, que exigia diversas modificações para comportar a tração também nas rodas traseiras.
Com componentes vindos do Audi Quattro de rali, o seu sistema de tração dividia a tração igualmente entre os eixos dianteiro e traseiro. Para enfrentar terrenos mais difíceis, os diferenciais central e traseiro podiam ser bloqueados manualmente. O motor era um 2.0 de cinco cilindros de 115 cv.
3 - Santana 2000 (China)
A história do Santana na China é até mais longa que no Brasil. As primeiras unidades do modelo foram montadas no país asiático em 1983, mas a produção local só começou em 1985, numa joint-venture entre a Volkswagen e a montadora local SAIC . Foi um dos primeiros carros de marcas ocidentais a serem produzidos para o mercado chinês.
Em 1995, os chineses receberam uma segunda geração do Santana, que ganhou o nome de 2000. Diferente do Brasil, onde a sigla 2000 era utilizada nos carros equipados com o motor 2.0, na China isso significava um modelo com entre-eixos alongado em 10 cm, chegando a 4,68 m de comprimento. Apesar das dimensões avantajadas, tinha como única opção de motorização o 1.8 da família AP .
4 - Santana Vista
A produção do Santana no Brasil foi encerrada em 2006. Mas o modelo seguiu vivo na China, onde em 2008 ganhou a sua última reestilização. Conhecido como Santana Vista, trazia dianteira e traseira remodelados, mas conservando as laterais vistas no carro brasileiro.
O interior também seguia as linhas do carro feito no Brasil, mas com sofisticações como airbag do motorista, revestimento imitando madeira, couro claro e até ar-condicionado automático.
5 - Novo Santana
Icônico na China, o nome Santana foi reaproveitado em um novo modelo compacto, lançado em 2012 pela Volkswagen exclusivamente para o país asiático e que se aproxima em tamanho do Virtus produzido no Brasil.
Usando uma variação modernizada da plataforma PQ25 (usada na Europa no Volkswagen Polo de 5ª geração), o New Santana está disponível na carroceria sedã e também numa variante hatch (Gran Santana) e aventureira (Cross Santana).