O CEO da Renault , Luca de Meo, deverá revelar um grande plano de reestruturação para a marca no dia 14 de janeiro, que contará com uma série de cortes e alterações de cronograma. As informações foram antecipadas pelo portal alemão Automobilwoche .
Segundo informações apuradas pela imprensa alemã, o objetivo da Renault é reduzir sua linha de automóveis e gastos de produção, mas ainda não é certo se o novo plano poderá afetar de alguma forma as operações da marca no Brasil .
O Automobilwoche repercute que Luca de Meo pretende reduzir a oferta de produtos e serviços da Renault em 30%. Modelos com baixa procura no mercado, como o sedã de luxo Talisman e as minivans Scenic e Espace , devem ser descontinuados nos próximos anos sem deixar substitutos.
Luca de Meo considera que a Renault não atingiu os parâmetros de expansão global para garantir a implementação de novas tecnologias em seus veículos. O CEO deverá adotar um caminho mais “realista”, evitando investimentos em recursos que ainda estão em desenvolvimento.
O novo plano da Renault também inclui redução nas operações na China, onde sua aliança com a Dongfeng não se mostrou próspera. A parceria começou em 2013, com foco na produção de SUVs na província de Wuhan. Após a baixa nas vendas dos modelos Koleos , Captur e Kadjar , a joint-venture foi encerrada em agosto de 2020.
Olho no futuro
A Renault diz estar comprometida com a aliança com Nissan e Mitsubishi . Segundo Luca de Meo, uma separação do grupo causaria regressão para todas no mercado global. As marcas estão trabalhando em conjunto para compartilhar novas tecnologias ao longo da próxima década.
A eletrificação terá grande papel no futuro da Renault. Executivos sugerem que a marca terá um novo SUV elétrico, feito sobre a base do Nissan Ariya. Uma versão elétrica do Mégane também é aguardada para os próximos cinco anos.