O anúncio de fechamento das fábricas no Brasil, feito em janeiro, não significou a retração nos investimentos da Ford . Mais uma prova disso é o anúncio feito esta semana pela fabricante americana de que a empresa irá investir US$ 1,05 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões) na modernização da fábrica de Silverton, na África do Sul.
Do montante total, US$ 686 milhões serão aplicados diretamente na unidade industrial da Ford e outros US$ 365 milhões na modernização do ferramental dos fornecedores. A medida tem como objetivo permitir a produção, a partir de 2022, da nova geração da Ford Ranger e também da Volkswagen Amarok , que nesta segunda geração irá surgir do mesmo projeto do modelo médio da marca do oval azul.
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A unidade industrial de Silverton foi inaugurada em 1967 e além da Ford Ranger produz também atualmente o modelo Mazda BT-50 , que compartilha o mesmo projeto básico da picape da marca americana.
Os investimentos vão possibilitar expandir a capacidade produtiva de 168.000 veículos/ano para 200.000 veículos/ano, por meio do investimento em novo maquinário e no aumento da automatização nas áreas de montagem de carroceria e estamparia, pintura, e montagem final. Serão criados 1.200 novos postos de trabalho.
Volume de produção que irá permitir que a fábrica da África do Sul atenda à demanda do mercado local e também de exportação da nova Ranger e da Amarok para mais de 100 países, incluindo o mercado europeu.
No Mercosul
Mesmo com esse investimento da Ford na África do Sul, a Ranger vendida no Brasil seguirá importada da Argentina. Recentemente, a marca americana anunciou o investimento de US$ 580 milhões na unidade industrial de General Pacheco , também com o objetivo de adequar a fábrica para a produção da nova geração da picape Ranger, o que irá acontecer a partir de 2023.
Mas mesmo com o acordo global entre Volkswagen e Ford para o desenvolvimento e produção conjunta de veículos comerciais, a fábrica da Ford Ranger na Argentina não deverá produzir a nova geração da Volkswagen Amarok. De acordo com a imprensa do país vizinho, a filial local da marca alemã se retirou do projeto da picape, optando por investir na produção do SUV Taos .