Da gasolina ao etanol, passando até pelo diesel. Todos os combustíveis vendidos nos postos de gasolina brasileiros contam com uma variação comum e outra aditivada, que obviamente é oferecida por preços maiores. Mas será que vale a pena o investimento? Qual será o ganho que eu terei no meu veículo?
Todos os modelos de automóveis e veículos comerciais produzidos ou importados oficialmente para o mercado brasileiro passam por um processo de adequação para rodar com a variação comum ao mesmo tempo em que aceitam o combustível aditivado . Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), no caso da gasolina, o trata-se de um produto com um percentual de 27% de etanol.
O diesel (uma mistura do derivado de petróleo com 12% de biodiesel) pode ser encontrado nos postos nas variações S-500 (com 500 partículas de enxofre por milhão, voltado para motores anteriores a 2013) e S-10 (10 partes de enxofre por milhão, para os propulsores Euro 5). Já o etanol hidratado tem uma graduação alcoólica que varia entre 95,1% e 96% e no Brasil é produzido somente a partir da cana-de-açúcar.
Desempenho e combustível
Diferente do que muita gente acredita, os aditivos não contribuem diretamente para a melhora no desempenho dos motores. Na verdade, tratam-se de combustíveis comuns que recebem a adição de compostos químicos para manter o sistema de alimentação de combustível mais limpo e reduzir a formação de depósitos em componentes como os bicos injetores.
Cada distribuidora usa uma formulação diferente, mas todos tem como base a função detergente . Ou seja, a melhora no desempenho acontece apenas a longo prazo, por conta da preservação da especificação original dos componentes por mais tempo. Por esse mesmo motivo as distribuidoras destacam que só o uso contínuo do combustível aditivado é capaz de gerar impactos positivos para o veículo, como a redução na necessidade de manutenções corretivas.
O ganho direto em desempenho só acontece nos chamados combustíveis premium , como as gasolinas Octapro, da Ipiranga, Podium, da BR e a V-Power Racing, da Shell. Além dos aditivos, esses combustíveis trazem uma octanagem mais alta que as gasolinas comum e aditivada, resultando em um melhor rendimento. Mas que só é perceptivel em motores sobrealimentados ou de alto desempenho.
A BR oferece ainda um diesel Petrobras Podium, um combustível aditivado com uma cenatagem (o equivalente a octanagem no diesel) também superior a do diesel comum, também contribuindo para um ganho de rendimento no veículo. A última pesquisa de preços de combustíveis da ANP, realizada entre os das 7 e 13 de fevereiro, apontou que o preço médio da gasolina aditivada é 4,55% superior ao da gasolina comum, que é comercializada por R$ 4,551. Será que vale mesmo a economia na bomba?