É fato que muitas das tecnologias dos automóveis de hoje vem dos carros de Fórmula 1. São exemplos disso o sistema de freios ABS, controle de tração, suspensão ativa, entre outros itens. O esporte além de arrecadar muito dinheiro, funciona como uma espécie de “laboratório a céu aberto” cuja aprovação acaba indo parar nos modelos de rua, sobretudo nos superesportivos.
Por conta disso, seja por estratégia de marketing ou por puro sentido emocional, a verdade é que algumas marcas premium acabam homenageando seus esportivos com o nome dos circuitos automobilísticos como uma forma de intimidade entre o motorista e o piloto.
Confira a seguir alguns dos cinco principais exemplos dessa “homenagem ao pódio”.
1 - MASERATI INDY
A primeira aparição do esportivo italiano ocorreu em 1968 - sobre a forma de conceito - durante o Salão do Automóvel de Turim cujo desenho era assinado por Alfredo Vignale, autor de obras como o 3500 GT, México e Sebring. Já no ano seguinte, durante o Salão de Genebra, na Suíça, a Maserati lançava oficialmente o Indy.
O Indy foi uma homenagem ao modelo 8CTF, pilotado por Wilbur Shaw, até então o único a obter vitória ao lado da equipe Dallara, na lendária 500 Milhas de Indianápolis em 1939 e 1940.
2 - DODGE CHARGER DAYTONA
O Daytona surgiu em 1969, cujo nome homenageava o primeiro circuito onde um carro com motor Hemi , um V8 426 de 7,0 litros e 425 cv competiu. Em 1974, o Charger Daytona vencia pela quinta vez consecutiva as 500 Milhas de Daytona (EUA) , pilotado por Richard Petty.
Apesar de não oficial, a Ferrari 365 GTB/4 também era conhecida como Daytona , após a vitória na tradicional prova 24 Horas de Daytona , ocupando os três primeiros lugares, em 1963.
3 - PONTIAC LE MANS
Você viu?
A Pontiac tem tradição em batizar seus carros com nomes alusivos às corridas. O Tempest Le Mans de 1961 é um exemplo. O nome pegou tão bem que em toda a trajetória da Pontiac, surgiram versões, como a esportiva GTO na década de 70, e até em carrocerias hatch (o nosso Kadett ) fabricado na Coréia do Sul pela Daewoo Motors de 1986 e 1994.
Porém para o mercado norte-americano o modelo foi importado até 1993. A Audi aproveitaria o mesmo nome para apresentar o conceito Le Mans Quatro , em 2003, depois de três sucessivas vitórias com um R8 na prova de longa duração das 24 horas de Le Mans, em 2000, 2001 e 2002.
4 - DE TOMASO VALLELUNGA
O primeiro carro de rua da De Tomaso , o Vallelunga surgiu em 1963, no Salão de Turim , na Itália, ainda como carro-conceito, mas em 1965, ganhou a versão definitiva. Era equipado com motor de 1,5 litro emprestado do Ford Cortina que desempenhava 105 cv e torque máximo de 17,7 kgfm que o levava a 200 km/h de velocidade final.
O nome do esportivo vem do circuito romano, onde seu fundador, Alejandro DeTomaso , obtivera grande sucesso em corridas e, como era de se esperar testaria os próximos protótipos no mesmo traçado.
5- MASERATI 3500 GTiS SEBRING
Com uma tacada certeira de marketing cujo alvo principal e importante era o mercado norte-americano, a Maserati apresentou durante o Salão de Genebra , em 1962, o 3200 GTiS “Sebring” , em homenagem à vitória da marca nas 12 Horas de Sebring , na Flórida (EUA), em 1957.
Em 1968, o Sebring seria exibido em um evento, na cidade de Turim, na Itália repetindo o mesmo sucesso de público. Quem também adotaria o nome, em 1971, seria a divisão da Chrysler com o Plymouth Satellite e mais tarde, 1995, com o Chrysler Sebring em versões coupé e no ano seguinte um conversível.