Quando se fala em motores refrigerador a ar, logo nos vem os robustos motores boxer da Volkswagen . Não seria para menos, já que eles serviram para grande parte da linha nos anos de 1950 e final de 1970, um projeto do professor e engenheiro Ferdinand Porsche.
A ideia foi tão bem aceita que não demoraria para equipar o primeiro carro esportivo da Porsche , o 356 de 1948 e a tradição perdurou até 1998, quando o último representante da marca, um Carrera 4S , recebeu a configuração ‘air cooled’.
No entanto, a paixão e idolatria por estes motores estão espalhadas pelos quatro cantos do mundo com direito a até clubes especializados e vão além das tradicionais e populares Volkswagen e Porsche.
Listamos cinco empresas que também tiveram seus motores a ar. Confira-as a seguir.
1 - Tatra 11
A Tatra apostou em 1923 no modelo 11, concebido como carro de entrada da fabricante tcheca. Dotado de um flat-2 de 1,1 litro a ar, foi o primeiro carro a usar chassi backbone, ou espinha dorsal, usada até hoje nos caminhões da marca.
2 - Trabant
De 1957, o Trabant tornou-se símbolo da queda do muro de Berlim e também se rendeu ao ar em seus “blocos”, um deles de 500 cm³, dois tempos e 18 cv. Durou 34 anos até a VEB Sachsenring adotar propulsores mais modernos a água através de um acordo com a VW.
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3 - Fiat 500
A comparação com o Fusca na época não foi em vão. Além das formas curvilíneas e simpática, o Fiat 500 também carregou um motor a ar, só que dois-cilindros de 479, 499 ou 594 cm³. A ideia deu tão certo que o carrinho vendeu quase quatro milhões entre 1957 e 1975.
4 - ZAZ Zaporozhets
Não, não é um Fiat 600... É um Zaporozhets de 1960 da ucraniana ZAZ . Sua base era idêntica, mas na usina de força cada um tinha o seu: o primeiro era refrigerado a água e o outro a ar, um V4 de 746 cm³ (23 cv) e 1,2 litro (40 cv) que durou 34 anos ininterruptos.
5 - Citroën 2 CV
Com mais de cinco milhões de vendas (1948-1990), a fama do Citroën 2CV se deu do resultado projeto simples e baixo custo: motores flat-2 a ar (375 cm³/602 cm³), além de peças encaixadas ao invés de parafusadas, contenção que apelidou-o de “guarda-chuvas com 4 rodas”.