A Fiat é notificada pelo Procon-SP por ter aumentado os preços do Pulse antes de entregar aos clientes que já haviam feito a reserva. O modelo encareceu entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, dependendo da versão. A montadora não falou se o aumento era retroativo, então não está claro se quem já tinha reservado o carro, teria que pagar o valor reajustado.
Em nota do Procon-SP , dizem que "para que o fabricante explique sobre o reajuste de preços do veículo Fiat Pulse que afetará, inclusive, quem já fez a reserva da compra e o respectivo pagamento. Em comunicado feito pela empresa, a alegação é que a alta volatilidade do câmbio e do mercado dos insumos gerou a alta dos preços, mas no entendimento do Procon-SP, essa instabilidade não é uma situação atípica e estava na previsão da empresa ".
Foi dado prazo até 13 de janeiro para que a empresa responda aos questionamentos. "A Fiat deverá esclarecer quantos consumidores fizeram a reserva e ainda não receberam os seus veículos; quantos consumidores serão prejudicados com essa mudança e se esses reajustes valem para todos os modelos. Deverá também informar se todos os Estados serão atingidos pelo reajuste e qual a média do prejuízo que os consumidores do Estado de São Paulo sofrerão", afirma o Procon-SP.
A entidade quer entender todos os detalhes de como foi feita essa comunicação. Se a comunicação está no contrato de reserva assinado e se, quando ocorreu a "previsibilidade de reajuste", os consumidores foram avisados.
Além disso, a Fiat precisará se explicar se haverá análise individual dos casos para os valores acordados na reserva, se foi disponibilizado canal específico para os consumidores afetados e se quem deseja negociar terá que fazer isso diretamente com a fábrica ou se as lojas terão autonomia para isso.
Outro ponto de esclarecimento da montadora é o que acontecerá em caso de desistência por parte do consumidor , quando o motivo for o reajuste de preços. Os valores serão devolvidos de acordo? A Fiat irá compensar quem não quiser seguir em frente com a compra depois do aumento? Esses questionamentos são todos levantados pelo Procon-SP.