Diversos fatores podem levar um consumidor à escolher um carro elétrico, a vontade de estar conectado com as novas tecnologias, preços de combustíveis ou até mesmo isenção de rodízio, no caso de São Paulo, podem estimular a compra do carro de um veículo elétrico. Mas o que deve ser observado antes de comprar?
Além do preço e gostos subjetivos como visual, cor e conforto, o consumidor deve se atentar à autonomia e propósito, afinal, um Porsche Taycan não terá tanta versatilidade nos grandes centros urbanos quanto um JAC E-JS1 , por exemplo.
Pensando nisso, entrevistamos Thiago Garcia, do canal ‘Meu carro elétrico’ do Youtube. Proprietário de um JAC iEV40 , ele nos contou o que levou em consideração ao adquirir seu modelo: “O fator principal foi o valor, seguido da proposta, quando comprei meu carro, o Renault Zoe tinha um valor parecido, mas para o meu uso, o iEV40 se adequava melhor.”
Thiago recomenda que os interessados nos veículos elétricos primeiro analisem se de fato precisam de um carro elétrico : “É valido pensar bastante, analisar sua rotina e ver se o carro se encaixa, além de se preparar bastante. No meu caso, eu não tenho como carregar o veículo em casa, então, preciso ficar atento à localização de carregadores.”
Sobre carregadores Thiago nos contou que existem estações gratuitas e estações pagas, com valores que variam entre R$ 1 a R$ 3 por kWh, o valor dependerá do custo da energia na região. Vamos tomar um Peugeot e-208 GT como exemplo, o modelo é equipado uma bateria de 50 kWh, e recarregar ao valor de R$ 2 o kWh custaria, R$ 100, para rodar os 340 km de autonomia declarada.
Para comparar com um Peugeot 208 a combustão, vamos considerar os mesmos R$ 100, e o valor da gasolina a R$ 7. A versão tradicional do compacto da Peugeot receberia 14,28 litros de gasolina no tanque e considerando o consumo informado de 10,9 litros de gasolina em circuito urbano, percorreria apenas 155,6 km.
O consumidor deve consultar também os padrões de carregadores, se será necessário adaptadores, por exemplo, como no caso do Nissan Leaf , que utiliza o padrão japonês CHAdeMO, enquanto o padrão mais encontrado no Brasil é o padrão europeu.
Além desses fatores já citados, o consumidor deve se atentar ao seguro mais caro, já que ele é definido pelo valor de tabela desses veículos, no caso do Peugeot, a versão elétrica chega a custar R$ 150 mil a mais do que a versão topo de linha a combustão, além do fato de que nem todo mecânico poderá fazer manutenção desses carros.
A tendência é a tecnologia das baterias evoluírem e consequentemente os carros elétricos se tornarem mais baratos, uma alternativa válida antes de comprar um veículo desse tipo pode ser o aluguel. Já existem locadoras que ofertam veículos elétricos, e para quem está indeciso, pode ser um teste válido e bem barato, quando comparado ao valor do carro.