Ainda são poucos os carregadores capazes de carregar com rapidez os modelos que temos no Brasil
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Ainda são poucos os carregadores capazes de carregar com rapidez os modelos que temos no Brasil

Os desafios de ter veículos elétricos no Brasil vão além dos altos custos de aquisição e da dificuldade em encontrar pontos de carregamentos, quando se encontra, é necessário se atentar se o plug é compatível com o carro, e ainda há o risco dos carregadores estarem quebrados.

O Brasil pode chegar à marca de 100 mil veículos eletrificados no final do semestre, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), mas apesar das vendas de híbridos plug-in e elétricos a bateria, aumentarem a cada ano, a infraestrutura necessária ainda não é a ideal e também não cresce na mesma velocidade.

De acordo com a ABVE, existem 1.250 carregadores públicos e semipúblicos pelo país, mas 60% deles estão concentrados na região Sudeste. A associação ainda espera chegar a três mil carregadores até o final deste ano, e a 10 mil unidades ao fim de 2025.

Parcerias como a Aliança pela Mobilidade Sustentável promovida pela 99 e CAOA Chery , entre outras empresas, podem fazer a quantidade de carregadores ultrapassar a estimativa da ABVE.

Através de aplicativos como o PlugShare, os motoristas podem descobrir pontos de carga e também compartilharem informações, como se o carregador não está funcionando, ou se é exclusivo para hospedes, caso esteja instalado em um hotel, por exemplo.

Em geral, carregadores elétricos não demandam manutenção constante, mas dependem da  rede elétrica
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Em geral, carregadores elétricos não demandam manutenção constante, mas dependem da rede elétrica

Apesar de ter a possibilidade de carregamento em tomadas domésticas , muitos donos de veículos elétricos aderem aos Wallbox nas suas casas ou empresas, para reduzir o tempo de recarga, mas o custo de aquisição (a partir de R$ 5 mil ), pode afastar alguns clientes.

De acordo com a Tupinambá, operadora de eletroabastecimento, os equipamentos não demandam manutenção constante, com as principais falhas sendo causadas por problemas na rede elétrica , como descargas elétricas, queda de energia ou fenômenos meteorológicos. 

Um fator externo que pode causar problema, por exemplo, é sujeira na entrada de ar das estações, mas somente em equipamentos de alta potência , acima de 150W, e o próprio aparelho reporta a fabricante para enviar uma equipe ao local.

Os carregadores muito grandes, com conectores para dois ou mais veículos simultaneamente, ou de corrente contínua , dependem de mais manutenção, por utilizar uma tensão energética muito alta, é necessário ter resfriamento, segundo a Tupinambá, esse liquido refrigerante pode durar 10 anos antes de ser substituído.

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A operadora ainda respondeu que casos de vandalismo são raros, e apenas uma vez aconteceu um caso de roubo de fios . Além disso, os conectores são resistentes à chuva, raios ultravioleta e atropelamentos, por exemplo.

As estações da Tupinambá são conectadas a um servidor próprio que, ao reportarem qualquer tipo de comportamento fora do normal, uma equipe de campo é enviada para realizar a manutenção .

Volvo investe na expansão dos carregadores no Brasil e faz as devidas manutenções nos aparelhos
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Volvo investe na expansão dos carregadores no Brasil e faz as devidas manutenções nos aparelhos

A Volvo , fabricante que investe na expansão da malha de carregamento no Brasil respondeu que seus carregadores são responsabilidade do estabelecimento onde estão instalados, e uma empresa parceira da fabricante, realiza a instalação e eventuais manutenções , quando solicitada, e caso clientes encontrem problemas, podem entrar em contato pelo SAC da empresa.

Clemente Gauer, da Tupinambá Energia, informou à reportagem outras dificuldades encontradas por donos desse tipo de veículo.

“Existem carregadores públicos onde o aparelho é desligado por conta do valor da tarifa energética em determinado horário, em alguns estabelecimentos, a chave geral é desligada durante à noite, e o carregador, consequentemente, para de funcionar, ou é mal instalado.”

Pontos de recarga de bateria de elétricos em prédios residenciais ainda é um grande desafio  hoje em dia
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Pontos de recarga de bateria de elétricos em prédios residenciais ainda é um grande desafio hoje em dia

De acordo com Ricardo David, sócio-fundador da Elev, especializada na instalação de carregadores em condomínios, os custos de instalação dependem da estrutura existente.

Segundo ele, “são necessários apenas dispositivos de proteção e cabos elétricos para conectá-los à instalação existente. No entanto, os condomínios precisam ter suas instalações avaliadas por técnicos especializados para verificar se as condições das instalações elétricas comportam esses novos equipamentos.”

Sobre como os custos energéticos são gerenciados entre condomínio e condôminos, David respondeu que "o próprio equipamento já terá embutido esse custo na fatura do serviço de carregamento . Caso o condômino conseguir instalar no próprio medidor de energia de sua residência, o custo virá na fatura de energia elétrica pela concessionária.” 

A BMW já entregou mais de 10 mil estações de recarga e pode-se entrar en contato para reportar problemas nos carregadores com as concessionárias autorizadas e a assistência autorizada Eletric Mobility Brasil, além dos canais de operadores INCharge e EZVolt.

Os contatos estão disponíveis em um painel do lado do carregador. Já o atendimento da INCharge e da EZVolt podem ser feitos pelos App das empresas. Contatos: SAC BMW 0800 707 3578 e SAC MINI 0800 707 0578; e-mail: sac@bmw.com.br.

A questão dos carregadores ainda está sendo enfrentada hoje em dia no Brasil. Mas com o passar do tempo deveerá ser resolvida para que os carros elétricos continuem avançando no país, contribuindo com a mobilidade sustentável. 

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