Após ganhar há pouco tempo uma versão homologada para as ruas, o esportivo GT da Ford acaba de ser apresentado nos EUA. O modelo é uma variante totalmente voltada para as pistas e trata-se da última série feita exclusivamente para corridas.
Batizada de GT Mk IV, a última tiragem do superesportivo contará com apenas 67 unidades e será feita artesanalmente nas instalações do Grupo de Operações de Veículos Especiais Multimatic em Ontário, no Canadá.
O bólido, segundo a marca, traz motor EcoBoost biturbo preparado com rendimento de mais de 800 cv. Além disso, o cupê tem câmbio de corrida, carroceria alongada de fibra de carbono e suspensão exclusiva Adaptive Spool Valve (ASV), da Multimatic.
“Assim como o modelo original, o novo Ford GT Mk IV foi criado para desempenho máximo na pista”, diz Mark Rushbrook, diretor global da Ford Performance Motorsports . “Com um nível ainda mais alto de engenharia e carroceria de fibra de carbono impressionante, completamente nova e funcional, ele é uma despedida digna do supercarro de terceira geração.”
De acordo com a Ford, o número 67 da tiragem que será fabricada é uma homenagem ao ano em que o carro original venceu as 24 Horas de Le Mans . O GT Mk IV tem preço a partir de US$ 1,7 milhão , o equivalente a R$ 9.078 milhões , fazendo uma conversão direta.
Se você se interessou, corra para se inscrever pelo site ( https://www.ford.com/performance/gt/mk-iv/ ) cujo anúncio dos clientes selecionados será feito no primeiro trimestre de 2023, assim como o início das primeiras entregas.
Você sabia?
Em 1951, Briggs Cunningham corria em Le Mans com duas unidades de Cadillac branco e teto azul só para diferenciá-los dos outros, mas, no ano seguinte, pilotou um Ford C4R com duas faixas azuis. O sucesso é lembrado até hoje nos Ford Mustang e Ford GT40 , este último modelo que deu origem ao GT atual.
A lenda GT40
O início é a década de 60 quando a Ford pretendia adquirir a Ferrari para entrar competir na tão aclamada prova das 24 Horas de Le Mans , na França, e logo depois entrar para o mercado europeu de superesportivos.
Tudo ocorria bem, até que então a Fiat interviu nas negociações alegando que a Ferrari era patrimônio da Itália. Desse modo, a Ford se viu obrigada a criar um esportivo para competir na tradicional corrida automobilística. Depois de algumas investidas malfadas, a marca chegou ao vencedor GT40, projeto que foi feito com a ajuda do ex-piloto automobilístico Carrol Shelby .
Com a vitória em 1966 no circuito francês, o cupê receberia uma releitura em homenagem aos 40 anos de sua existência. Equipado com um V8 de 5.4 e supercompressor (blower) rendia 558 cv e torque de 69,2 kgfm a 4.500 rpm , números suficientes para que ele chegasse a 330 km/h e levasse 3,8 segundos para atingir 100 km/h.