Não. É o que explica Ricardo Takahira, engenheiro da Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) que também é especialista na segurança de tecnologias automotivas.
Segundo ele, os faróis adaptativos full-led são posicionados geralmente na altura da grade dos veículos, enquanto os auxiliares de neblina ficam na base do para-choque, exatamente para serem utilizados somente em situações que demandam a iluminação auxiliar.
A função dos de neblina é iluminar as extremidades da rodovia e evitar que a própria neblina, além da chuva, poeira, atrapalhem a luz de chegar no solo. Por estarem localizados mais próximos do chão, a luz emitida chega à superfície mais rapidamente que a luz dos faróis, o que melhora a visibilidade. Seu foco não é enxergar mais distante, como no caso do farol alto, cuja utilização não é recomendada em situações de neblina.
Já os do tipo adaptativos levam esse nome devido a sua capacidade de ajuste de ângulo e intensidade da luz mediante as condições em que o veículo trafega. Esses faróis mudam de direção conforme o volante ou dados do GPS do veículo, focando em áreas mais longe ou mais perto do carro, e em alguns casos, há modelos que desviam o facho de luz para não ofuscar o outro que trafega na direção contrária.
Os adaptativos sempre estarão posicionados mais altos que os de neblina, portanto, em situações de neblina e fortes chuvas, o auxiliar deve ser sempre acionado, quando disponível.
Já os dito full-led possuem esse nome pois usam somente “LED” (sigla em inglês para Diodos Emissores de Luz), que têm melhor eficiência e alcançam excelentes níveis de brilho. Nesses faróis, a iluminação é mais potente e eficiente do que a provida por lâmpadas incandescentes (halógenas).