Omoda e Jaecoo convocaram jornalistas nesta quinta-feira (21) em São Paulo (SP) para anunciar seus planos para o mercado brasileiro. As marcas são chinesas e pertencem à Chery , mas operam de forma independente. Mais ou menos como é a Audi com a Volkswagen, ou Jeep com a Stellantis.
A Omoda será a primeira marca a desembarcar por aqui. O modelo que chegará será o Omoda 5, conhecido também como “C5”. O nome do novo carro no Brasil ainda não foi oficializado, mas isso é apenas detalhe.
O fato é que o SUV será vendido inicialmente com uma versão híbrida leve (MHEV) e uma com propulsão 100% elétrica chegando mais tarde. O motor deverá ser o mesmo 1.5 turbo já utilizado pela Caoa Chery, que entrega 160/157 cv e 25,5 kgfm de torque, com câmbio automático CVT de nove marchas.
A versão elétrica não teve a especificação determinada, mas é possível considerar o modelo vendido na China para ter uma base. Por lá, são 225 cv de potência e alcance de 450 km. Aos colegas do Motor1.com , a Omoda afirmou que o preço da novidade será abaixo do GWM Haval H6 e BYD Song Plus , que custam, R$ 214.000 e R$ 229.800, respectivamente.
A Jaecoo (fala-se djêico), por sua vez, irá estrear com o SUV chamado de 7 ou J7. Assim como o Omoda, esses nomes podem sofrer alterações no mercado brasileiro. O SUV mede 4,45 metros de comprimento e deverá brigar com o Jeep Compass . Para isso, será equipado com motor híbrido plug-in capaz de entregar até 245 cv. Uma versão somente a combustão está nos planos.
Durante a apresentação dos planos da fabricante, Alex Wang, Diretor de Operações da Omoda Jaecoo no Brasil, afirmou os planos de produção local.
“A decisão está sendo decidida nos próximos dias. Se formos produzir localmente, o público brasileiro com certeza será informado”, afirma o executivo.
Ainda não há confirmação sobre qual fábrica a Omoda Jaecoo irá utilizar. Existe o complexo de Jacareí (SP) de propriedade da Caoa-Chery que está em reformas, segundo a fabricante. Existem negociações para que essa estrutura seja direcionada à Chery chinesa, o que possibilitaria a produção dos veículos da OJ por aqui.
Confusão com a Chery
Apesar de pertencerem à Chery, as novas marcas chegarão por aqui de forma independente. No Brasil, a Chery não pode trazer seus carros de forma independente, uma vez que sua operação é licenciada para o grupo CAOA.
Entretanto, em outubro, a reportagem entrou em contato com a CAOA para entender a situação das novas fabricantes , mas fomos informados que as novas marcas só poderão chegar ao Brasil através da CAOA, o que parece que não vai acontecer.