A Bugatti entrou de vez na era híbrida, e o Tourbillon é o responsável pela nova era na fabricante francesa. O modelo chega para substituir o Chiron , trazendo um visual parecido, até, mas com um motor totalmente novo.
O tradicional W16 de quatro turbocompressores da Bugatti foi substituído por um V16 8.3 aspirado com três motores elétricos . O propulsor a combustão foi desenvolvido em parceria com a Cosworth e consegue entregar 1.000 cv de potência . Os três motores elétricos (dois no eixo dianteiro e um traseiro), combinam para 800 cv de potência .
Segundo a Bugatti , a escolha por um motor aspirado proporciona uma experiência “mais emocional” para os clientes e permite que o motor alcance rotações mais elevadas. No caso do Tourbillon , ele consegue girar até 9 mil rpm. Em modo exclusivamente elétrico, é possível rodar 60 km de acordo com a fabricante.
A marca afirma que o Tourbillon é completamente novo e não compartilha nada com seu antecessor, mas mantém o DNA da marca. As linhas visuais, principalmente na grade e faróis na dianteira e no desenho em C da lateral, transmitem a conexão com o passado da Bugatti .
A traseira mostra a evolução do design da marca francesa e traz lanternas finas em LED acompanhando o formato do veículo. Acima do motor fica uma “barbatana” que vem desde a grade no para-choque e “divide” o motor em dois, dando um visual ainda mais agressivo ao Tourbillon .
Interior inspirado em relógios
É no interior onde o novo superesportivo da Bugatti mais surpreende. O nome Toubillon significa redemoinho em uma tradução livre do francês, mas também é um mecanismo utilizado em relógios de luxo para eliminar o efeito que a gravidade pode exercer sobre o relógio. O conceito foi patenteado em 1795, mas só aplicado em relógios em 1947.
O painel de instrumentos é analógico, mas assim como um relógio da Richard Mille ou Jacob.Co , os mecanismos estão expostos. São necessárias cerca de 600 peças de titânio para fabricar um painel de instrumentos, que pesa apenas 680 gramas e tem espaços de 5 a 50 microns (0,05 a 0,005 mm) entre as peças. A ideia da Bugatti era fazer uma peça que será lembrada pelos próximos anos.
As informações exibidas no painel são nível de combustível e da bateria, temperatura, do lado esquerdo, potência do motor no lado direito, enquanto ao centro ficam conta-giros e velocidade, com o ponteiro encerrando em impressionantes 550 km/h . Vale ressaltar ainda que o painel de instrumentos é fixo, e o volante movimenta somente o aro.
O painel central é feito em vidro cristalizado e permite que os mecanismos dos botões de controlar volume e ar-condicionado, por exemplo, sejam vistos. O modelo contará ainda com uma central multimídia e funcionalidade com Android Auto e Apple CarPlay , mas podendo ser escondida quando não for utilizada. Segundo Mate Rimac , CEO da Bugatti , a fabricante não queria uma tela multimídia, mas precisa usar o recurso por conta da câmera de ré .
Performance incrível
A linhagem dos modelos da Bugatti indica que performance e altas velocidades são o foco do Tourbillon. O modelo consegue alcançar os 100 km/h em apenas dois segundos; 0-200 abaixo dos 5 segundos; 0-300 km/h? Abaixo dos 10 segundos. E o tempo de zero aos 400 km/h é de menos de 25 segundos. A velocidade máxima é de 380 km/h, mas como uso de uma chave especial, voltada para o uso em alta velocidade, o modelo alcança os 445 km de velocidade máxima.
Pesando cerca de 2 toneladas , o Tourbillon é apenas 4 kg mais pesado que o Chiron , mas as dimensões seguem parecidas. A novidade mede 4,67 metros de comprimento; 2,05 m de largura; 1,18 m de altura e 2,74 m de entre-eixos.
Além de pagar 3,8 milhões de Euros por um exemplar, o futuro proprietário do Tourbillon deve correr até o concessionário Bugatti e tentar reservar uma unidade, já que apenas 250 serão fabricadas , e provavelmente muitas delas já estão vendidas. Além disso, o comprador terá que esperar até 2026 , quando a primeira unidade deixará a fábrica de Molsheim , na França.