O Brasil prepara mudanças importantes no setor de combustíveis com a Lei Combustível do Futuro(14.993/2024). A proposta busca alterar a composição dos combustíveis utilizados no país, aumentando o percentual de etanol na gasolina de 27,5% para 30%.
A nova legislação representa um marco regulatório para o setor sucroenergético. As modificações propostas podem trazer impactos econômicos e ambientais para o mercado brasileiro de combustíveis.
Impacto econômico e produtivo
A alteração pode reduzir o preço da gasolina, segundo o setor sucroenergético. A mudança ocorre pela menor carga tributária sobre o etanol anidro em comparação com a gasolina pura.
A expectativa é de aumento de 1,3 bilhão de litros na produção de etanol anidro. O setor sucroenergético afirma ter capacidade produtiva para absorver a demanda adicional.
O Brasil amplia a produção de etanol a partir de duas fontes principais. Na safra 2023/2024, o etanol de milho representou 18,7% do volume total produzido no país.
Testes técnicos e impacto ambiental
O Instituto Mauá de Tecnologia realiza testes para avaliar o impacto da nova mistura. As análises ocorrem em janeiro e fevereiro de 2025, com foco em diferentes modelos de veículos.
Serão testados carros de diferentes anos e tecnologias, como Gol de 1993, Uno Mille, Corolla e modelos mais recentes. O objetivo é verificar possíveis impactos mecânicos.
O etanol brasileiro contribui para a redução nas emissões de gases de efeito estufa. Estudos indicam que o biocombustível pode reduzir emissões de CO2 em até 90%.
Desafios e perspectivas futuras
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Minas Gerais aponta possível aumento nos preços. O valor do etanol anidro subiu 41,5% em 2024, passando de R$ 2,12 para R$ 3,00.
Organizações internacionais reconhecem o potencial do etanol brasileiro na transição energética. O biocombustível é visto como estratégia eficaz para mitigação das mudanças climáticas.
O consumo de etanol no Brasil aumentou 31,1% em janeiro de 2024. O crescimento demonstra o potencial do biocombustível no mercado nacional e internacional.
Motores mais antigos, fabricados há mais de 15 anos, podem apresentar incompatibilidade. Os testes do Instituto Mauá visam identificar e mitigar esses riscos potenciais.
O Ministério de Minas e Energia receberá os resultados preliminares dos testes no primeiro trimestre de 2025. As informações subsidiarão o estudo de impacto regulatório da nova mistura.