Elon Musk é o CEO da Tesla
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Elon Musk é o CEO da Tesla

Um grupo de proprietários de veículos Tesla entrou com uma ação no Tribunal Comercial de Paris para romper contratos de leasing e buscar reembolso de custos legais, ao alegar que os automóveis da marca passaram a ser identificados como símbolos de extrema-direita.

A ação ocorre em meio a uma retração nas vendas da montadora em mercados-chave da Europa, como França, Alemanha, Grã-Bretanha e Itália.

De acordo com a Reuters, o escritório que representa os demandantes diz que a motivação está no “comportamento público de Elon Musk”, executivo-chefe da Tesla, especialmente após manifestações de apoio à candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e ao partido de extrema direita AfD, da Alemanha.

“Agora são percebidos como verdadeiros 'totens' de extrema direita, para grande consternação daqueles que os compraram apenas como veículos inovadores e ecológicos”, afirmaram os advogados do grupo de reclamantes.

A Tesla Europe não respondeu de imediato ao pedido de posicionamento encaminhado por e-mail pela Reuters.

A exposição de Musk

Segundo o GKA, aproximadamente dez arrendatários da Tesla integram o processo, que também menciona os danos “diretos e concretos” provocados pelas posturas de Musk no cenário político global.

Gesto de Elon Musk que foi criticado
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Gesto de Elon Musk que foi criticado

A ação cita como exemplo um gesto de mão feito pelo bilionário durante as celebrações da posse de Trump, amplamente interpretado nas redes sociais como similar a uma saudação nazista. Musk negou a conotação e classificou as críticas como um “ataque cansado”.

O empresário também reconheceu, na quarta-feira (11), arrependimento por comentários feitos na rede social X — de sua propriedade — durante uma discussão pública com Trump na semana anterior.

Além do apoio político, Musk liderou o chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), vinculado ao governo Trump e focado em cortes de empregos federais e redução de gastos públicos, o que ampliou sua exposição como figura polarizadora.

A atuação intensificou protestos e episódios de vandalismo contra showrooms da Tesla tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

A crise reputacional se insere em um contexto mais amplo de desafios enfrentados pela fabricante de veículos elétricos no continente europeu.

A Tesla tem perdido espaço para montadoras chinesas, cujos modelos oferecem preços mais acessíveis em um mercado cada vez mais competitivo.

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