Chevrolet Ômega e BMW Série 5 são alguns dos veículos especiais para os lasanheiros
Divulgação
Chevrolet Ômega e BMW Série 5 são alguns dos veículos especiais para os lasanheiros

Lasanha automotiva não é comida, mas tem camadas de história, potência e muita (MUITA!) personalidade. Essa história é pra lá de curiosa e o  Portal iG Carros vai te explicar agora mesmo. 

O termo, nascido como uma zoação entre "Garfields" automotivos, hoje nomeia carros que acumulam décadas, problemas, e uma legião de fãs que veem beleza no que muitos evitam.

São veículos com mais de 20 anos, motores barulhentos e status de “raridade” para quem entende o assunto.

Assim como na famosa receita italiana, a “lasanha” dos carros vem em camadas: modelos grandes, motor “beberrão”, manutenção complicada e aquela pitada de “só eu tenho coragem de dirigir”.

O que faz um “lasanha”?

No universo dos carros, “lasanha” já foi apelido para veículos que pareciam acumular massa, não de queijo ou molho, mas de massa plástica e gambiarras por toda a lataria.

Era o jeito meio pejorativo de dizer que o carro estava “meio zoado”, cheio de remendos e histórias.

Hoje, o significado evoluiu. “Lasanha automotiva” se refere a carros antigos, geralmente com mais de 20 anos, que não são só velhos, mas cheios de personalidade.

Versão Standard do Opala era muito utilizada nas frotas dos governos
Renato Bellote
Versão Standard do Opala era muito utilizada nas frotas dos governos

São modelos raros, muitas vezes blindados, com motores aspirados grandes ou turbinados, e que quase sempre passaram por leilões ou tiveram alguma história complicada.  São carros para quem não se assusta com um pouco de manutenção , ou muita.

Quem curte “lasanha” não busca conforto, economia ou modernidade. O que importa é o ronco imponente do motor, o tamanho avantajado – entre sedãs, SUVs, picapes... – e a sensação de exclusividade.

Os “lasanheiros” também adoram hot-hatches, especialmente os mais jovens, que valorizam a combinação de potência e agilidade.

Ícones da lasanha

Chevrolet Omega GLS 1998
Arquivo pessoal
Chevrolet Omega GLS 1998

Alguns veículos se tornaram símbolos do universo lasanheiro por reunir as principais características do termo: idade avançada, potência elevada, histórico complicado e manutenção exigente.

São carros que, apesar (ou por causa) dos desafios, atraem olhares e despertam paixões.

No topo da lista estão clássicos nacionais como o Chevrolet Omega, conhecido pelo motor 4.1 e pela fama de “executivo dos anos 90”, e o Fiat Marea Turbo, um dos mais controversos da cultura automotiva: veloz, agressivo e temperamental.

BMW Série 5
Reprodução
BMW Série 5

Entre os importados, ganham destaque os BMW Série 5 e Série 7 antigos, Mercedes-Benz Classe E e S dos anos 1990 e 2000 e os Audi A6 e A8.

São modelos de luxo que perderam valor com o tempo, mas não o prestígio entre quem entende, nem os altos custos de reposição e manutenção.

Os hot-hatches também têm vez: Gol GTi, Uno Turbo, Peugeot 306 Rallye e Civic Si representam a entrada esportiva no mundo das lasanhas. Menores e mais leves, são idolatrados por jovens que valorizam desempenho e estilo com um toque de nostalgia.

Ford Explorer Limited
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Ford Explorer Limited

Na ala dos grandes e pesados, brilham Chevrolet Blazer V6, Mitsubishi Pajero, Ford Explorer e Dodge RAM antigas. Gigantes que exigem bolso fundo, mas recompensam com presença e robustez.

Ser “lasanheiro” é fazer escolhas que soam absurdas para a maioria: comprar uma BMW V8 antiga em vez de um carro zero, investir tempo e dinheiro em um carro que só dá dor de cabeça, mas que entrega uma experiência única ao volante.

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