
Lasanha automotiva não é comida, mas tem camadas de história, potência e muita (MUITA!) personalidade. Essa história é pra lá de curiosa e o Portal iG Carros vai te explicar agora mesmo.
O termo, nascido como uma zoação entre "Garfields" automotivos, hoje nomeia carros que acumulam décadas, problemas, e uma legião de fãs que veem beleza no que muitos evitam.
São veículos com mais de 20 anos, motores barulhentos e status de “raridade” para quem entende o assunto.
Assim como na famosa receita italiana, a “lasanha” dos carros vem em camadas: modelos grandes, motor “beberrão”, manutenção complicada e aquela pitada de “só eu tenho coragem de dirigir”.
O que faz um “lasanha”?
No universo dos carros, “lasanha” já foi apelido para veículos que pareciam acumular massa, não de queijo ou molho, mas de massa plástica e gambiarras por toda a lataria.
Era o jeito meio pejorativo de dizer que o carro estava “meio zoado”, cheio de remendos e histórias.
Hoje, o significado evoluiu. “Lasanha automotiva” se refere a carros antigos, geralmente com mais de 20 anos, que não são só velhos, mas cheios de personalidade.

São modelos raros, muitas vezes blindados, com motores aspirados grandes ou turbinados, e que quase sempre passaram por leilões ou tiveram alguma história complicada. São carros para quem não se assusta com um pouco de manutenção , ou muita.
Quem curte “lasanha” não busca conforto, economia ou modernidade. O que importa é o ronco imponente do motor, o tamanho avantajado – entre sedãs, SUVs, picapes... – e a sensação de exclusividade.
Os “lasanheiros” também adoram hot-hatches, especialmente os mais jovens, que valorizam a combinação de potência e agilidade.
Ícones da lasanha

Alguns veículos se tornaram símbolos do universo lasanheiro por reunir as principais características do termo: idade avançada, potência elevada, histórico complicado e manutenção exigente.
São carros que, apesar (ou por causa) dos desafios, atraem olhares e despertam paixões.
No topo da lista estão clássicos nacionais como o Chevrolet Omega, conhecido pelo motor 4.1 e pela fama de “executivo dos anos 90”, e o Fiat Marea Turbo, um dos mais controversos da cultura automotiva: veloz, agressivo e temperamental.

Entre os importados, ganham destaque os BMW Série 5 e Série 7 antigos, Mercedes-Benz Classe E e S dos anos 1990 e 2000 e os Audi A6 e A8.
São modelos de luxo que perderam valor com o tempo, mas não o prestígio entre quem entende, nem os altos custos de reposição e manutenção.
Os hot-hatches também têm vez: Gol GTi, Uno Turbo, Peugeot 306 Rallye e Civic Si representam a entrada esportiva no mundo das lasanhas. Menores e mais leves, são idolatrados por jovens que valorizam desempenho e estilo com um toque de nostalgia.

Na ala dos grandes e pesados, brilham Chevrolet Blazer V6, Mitsubishi Pajero, Ford Explorer e Dodge RAM antigas. Gigantes que exigem bolso fundo, mas recompensam com presença e robustez.
Ser “lasanheiro” é fazer escolhas que soam absurdas para a maioria: comprar uma BMW V8 antiga em vez de um carro zero, investir tempo e dinheiro em um carro que só dá dor de cabeça, mas que entrega uma experiência única ao volante.