Na manhã desta terça-feira (05), um Audi Q3 preto com R$ 392.771,68 em débitos e 1.256 infrações de trânsito foi apreendido por policiais militares na Avenida Prestes Maia, região central de São Paulo.
Segundo o Setor de Busca e Apreensão do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), durante patrulhamento de rotina, os agentes abordaram o carro, que circulava irregularmente.
Ao consultar a placa, constataram que o veículo tinha o licenciamento vencido e uma longa lista de multas não pagas.
Embora nada ilícito tenha sido encontrado no interior do automóvel, a soma das irregularidades levou à remoção do veículo, que foi encaminhado ao pátio para as providências administrativas.
Por que carros com muitas multas continuam circulando
Mesmo com débitos elevados, veículos só podem ser apreendidos quando flagrados em situação de irregularidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Isso inclui casos como falta de licenciamento, adulteração de placas ou condução perigosa. As multas, por si só, não impedem a circulação imediata do automóvel.
Enquanto não há blitz ou abordagem policial que identifique outras irregularidades, como o licenciamento vencido, o carro permanece ativo no sistema.
A apreensão, portanto, só ocorre quando as condições legais para remoção estão presentes.
As multas mais caras previstas no CTB
O Código de Trânsito Brasileiro prevê penalidades que podem chegar a R$ 35.360,40 em caso de reincidência. Entre as principais:
- Organizar bloqueio de vias sem autorização: R$ 17.608,20; dobra em caso de reincidência.
- Recusar teste do bafômetro: R$ 2.934,70 e suspensão da CNH por 12 meses.
- Dirigir sob efeito de álcool ou drogas: R$ 2.934,70, podendo levar à prisão.
- Disputar rachas: R$ 2.934,70, com suspensão do direito de dirigir.
- Ultrapassagem pelo acostamento ou contramão: R$ 1.467,35.
Além da cobrança financeira, infrações gravíssimas acumulam pontos na CNH e podem levar à suspensão do direito de dirigir por até um ano.