Primeiro BYD Dolphin Mini 100% brasileiro
Divulgação/BYD
Primeiro BYD Dolphin Mini 100% brasileiro

A montadora chinesa BYD abriu 200 vagas de emprego para sua unidade em Camaçari, no interior da Bahia, inaugurada no início de outubro.

As oportunidades abrangem áreas técnicas, operacionais e administrativas, reforçando o ritmo de expansão da fabricante no país.

O complexo industrial é o primeiro da marca no Brasil e um dos maiores do setor elétrico na América Latina.

Dentre as vagas abertas, o destaque vai para 40 destinadas para inspetor de qualidade, 40 para condutor interno e 20 para operador de empilhadeira, além de oportunidades para engenheiros de processos, analistas de comércio exterior, advogados trabalhistas e especialistas ambientais.

Os interessados podem se candidatar on-line, pelo site da BYD para processos seletivos,  ou presencialmente, a partir de terça-feira (21), nas unidades do SineBahia e do CIAT Camaçari.

Lista de cargos disponíveis

  • Advogado trabalhista — 1 vaga
  • Especialista ambiental — 1 vaga
  • Técnico de manutenção — 10 vagas
  • Inspetor de qualidade — 40 vagas
  • Condutor interno — 40 vagas
  • Operador de empilhadeira — 20 vagas
  • Operador de reach stacker — 2 vagas
  • Analista de comércio exterior — 5 vagas
  • Engenheiro de ferramentas — 5 vagas
  • Engenheiro de planejamento de equipamentos — 5 vagas
  • Engenheiro de processos — 10 vagas
  • Engenheiro de soldagem — 5 vagas
  • Engenheiro de robótica — 5 vagas
  • Supervisor de recrutamento e seleção — 1 vaga
  • Supervisor de processo trabalhista — 1 vaga

Expansão industrial e foco em eletrificação

O complexo da BYD em Camaçari foi construído em 15 meses em uma área equivalente a 645 campos de futebol, ocupando parte do antigo terreno da Ford, desativado em 2021.

O investimento total soma R$ 5,5 bilhões, com previsão de gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos até o fim da primeira fase de operação.

Durante a inauguração, realizada em 9 de outubro, a companhia anunciou que dobrará a capacidade de produção nacional, passando de 300 mil para 600 mil veículos por ano.

O plano prevê abastecer tanto o mercado interno quanto países da América Latina e África.

Atualmente, 1,8 mil funcionários já atuam na unidade baiana, responsável pela montagem de carros elétricos e híbridos, caminhões e chassis para ônibus, além do processamento de insumos de baterias de lítio e ferro fosfato.

Impacto no mercado automotivo brasileiro

A entrada da BYD consolida a reindustrialização automotiva na Bahia e marca a retomada da produção local de veículos após a saída da Ford.

O projeto fortalece o ecossistema de mobilidade elétrica, com integração de fornecedores nacionais e a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Salvador, voltado à engenharia de motores híbridos flex.

A empresa informou que prioriza a contratação de profissionais baianos e parcerias com escolas técnicas locais para capacitação de mão de obra especializada.

Segundo a montadora, o objetivo é criar uma “cadeia de valor sustentável” e reduzir a dependência de importações no ciclo produtivo.

Denúncias trabalhistas em apuração

A inauguração ocorre meses após a BYD ter sido acionada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por denúncias de condições degradantes durante as obras do complexo.

O processo envolve cerca de 220 trabalhadores chineses vinculados a empresas terceirizadas.

Em nota, a companhia declarou “compromisso inegociável com os direitos humanos e trabalhistas” e afirmou colaborar integralmente com as investigações.

O caso ainda está em andamento na 5ª Vara do Trabalho de Camaçari.

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